Preço da água dispara em alguns concelhos do Algarve

O presidente da Área Metropolitana do Algarve (AMAL), Macário Correia, garante, no entanto, em declarações à «Lusa», que as subidas serão graduais e que, apesar de poderem chegar aos 100%, os aumentos reais serão pouco significativo, uma vez que os preços actuais são baixos.

O aumento das tarifas decorre precisamente do facto de estarem tão baixas que estão a dar prejuízos aos municípios que fornecem estes serviços.

O jornal «Público» avançava hoje que o aumento das tarifas no Algarve, que não tem ainda data definida, pode em alguns casos duplicar e atingir os 100%. Segundo Macário Correia, que é também presidente da Junta Metropolitana do Algarve (JMA), as câmaras algarvias gastam em média o dobro daquilo que recebem relativamente à prestação de serviços de fornecimento de água, tratamento de esgotos e recolha de lixo.

«Não se trata de obter lucro, mas sim de reduzir os prejuízos dos municípios», disse Macário Correia, garantindo que se manterá o escalão social para as famílias mais carenciadas. «Nós não podemos deixar de fazer jardins, escolas ou estradas apenas para pagar o diferencial de custos na água», afirmou.

«O que vai ser feito progressivamente é subir os preços sobretudo nos municípios que têm valores baixos, recomendação que deriva do Governo, dos fundos da Comissão Europeia e do bom senso dos autarcas», sublinhou.

A correcção das tarifas da água, actualmente em discussão, está prevista de Norte a Sul do país e já tinha sido admitida em Janeiro pelo ministro do Ambiente, que garantiu que o aumento seria acompanhado de mais qualidade.