O responsável máximo do Governo alegou que o sistema correria o risco de desequilíbrio na próxima década e que seria «uma irresponsabilidade» se nada fosse feito.
Como tal, José Sócrates quer a reforma da Segurança Social a funcionar já em 2007.
«Nós queremos que a reforma entre me vigor já em 2007», adiantou o primeiro-ministro à saída da primeira reunião da concertação social destinada a discutir a reforma do sistema de Segurança Social.
«A Segurança Social enfrenta problemas de curto, médio e longo prazo e a reforma responde a esses três problemas», adiantou acrescentado que «sem as medidas que o Governo já tomou já teríamos recorrido ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social e nós não queremos que isso aconteça».
Sócrates ressalvou ainda que «existe um problema sério. Temos de garantir aos pensionistas as pensões e aos jovens as pensões no futuro. Temos um problema que temos de resolver já».
Sobre as medidas em si, o responsável adiantou que não se mexe nas pensões dos pensionistas, mas que «os futuros pensionistas terão factores de justiça social para garantir a sustentabilidade» do sistema.
Uma dessas medidas passa por «beneficiar quem tem mais filhos e, ligeiramente, aumentar a contribuição para a Segurança Social a quem tem menos filhos», para ajudar a atenuar o efeito nocivo da baixa natalidade na Segurança Social.
Sobre a reunião em si, o primeiro-ministro adiantou que saia da reunião «satisfeito» pelas reacções dos parceiros sociais.
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Sócrates dramatiza «urgência» da reforma da Segurança Social
- Bruno Pocinho
- 3 mai 2006, 21:27
![Reformados vão pagar mais IRS](https://img.iol.pt/image/id/248881/1024.jpg)
O primeiro-ministro, José Sócrates, dramatizou esta quarta-feira a «urgência» de uma reforma da Segurança Social.
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