Prejuízos do BPN são de 1.800 milhões de euros

O administrador do BPN, Norberto Rosa, disse esta terça-feira que os prejuízos do banco BPN são da ordem dos 1.800 milhões de euros.

O valor, avançado na audição do Parlamento, reflecte não só os créditos que estavam sedeados no próprio BPN SA, mas também os outros créditos do BPN Cayman ou do Banco Insular.

Só ao nível do BPN Cayman, as perdas são de 550 milhões de euros.

Aquando da nacionalização, Norberto Rosa explicou aos deputados que a situação do banco «era insustentável quer em termos de liquidez quer em termos de situação patrimonial».

O responsável recordou a auditoria feita pela Deloitte, que encontrou «uma série de contingências» no montante de 700 milhões de euros.

«No entanto, essa auditoria não abrangia todas as outras situações que tinham a ver com avaliação de imóveis, seguros ou com o Banco Insular», referiu o responsável.

Norberto Rosa rejeitou ainda a viabilidade do plano de salvamento anunciado por Miguel Cadilhe: «Com a informação que disponho actualmente e com a que já se tinha acesso em Novembro, era perfeitamente inviável», disse.

«Não resolvia os planos de liquidez nem os problemas de fundo», acrescentou.

O administrador do BPN disse ainda que o referido plano foi apresentado ao Governo antes da sua entrada na instituição e «não foi objecto de análise por parte deste conselho de administração».

O objectivo passou por gerir o BPN, salvaguardando os interesses patrimoniais e o dos depositantes.