Manifestantes agredidos pela PSP no Porto - TVI

Manifestantes agredidos pela PSP no Porto

Um manifestante foi detido e carro da polícia foi perseguido por pessoas que se encontravam no protesto. Polícias à paisana criticados

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Última atualização às 19:06

Várias pessoas foram agredidas pela polícia, na Praça Carlos Alberto, no Porto, pouco tempo depois de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter sido recebido por centenas de manifestantes em protesto na Reitoria da Universidade.

Confrontos em Lisboa provocam vários feridos

Segundo o que a Lusa testemunhou, um indivíduo foi preso e, na sequência da detenção, outros manifestantes perseguiram o carro da polícia.

Nesse momento, agentes da polícia desferiram várias bastonadas nas pessoas que se encontravam nas imediações.

Polícia à paisana

Testemunhas responsabilizaram hoje «agentes à paisana» pela situação que levou a agressões de várias pessoas por elementos das forças de segurança, na manifestação de protesto frente à Reitoria do Porto, onde se encontra o primeiro-ministro.

Em declarações à Lusa, Carla Silva, empregada de limpeza na Câmara de Matosinhos, diz que o filho foi agredido a pontapé por «um polícia à civil».

«Jovens estavam a protestar e a polícia decidiu virar-se à "porrada". Quando eu vinha a fugir com o meu filho, um polícia à civil deu-lhe um pontapé. Conclusão: gerou-se uma confusão outra vez e ainda prenderam um jovem. E a polícia é que tem a razão. No nosso país é assim», acrescentou. Carla Silva garante que até à intervenção do polícia à paisana estava tudo pacífico. «Eles é que estragaram tudo», acusou.

Carmo Marques, educadora de infância, recordou o momento em que foram chamar a atenção, junto à zona onde se encontrava, de que «andava por ali a polícia à paisana».

«No mesmo momento em que isso foi dito, uns foram agarrados e dirigiram-nos daqui para a carrinha da polícia. Claro que depois foi tudo uma avalanche de situações, o pessoal tentou que eles não levassem as pessoas e ali à frente começaram a cair bastonadas», disse à Lusa.

«Estava uma rapariga no chão e eu meti-me entre ela e a polícia. Entretanto, um colega nosso foi preso e nós estávamos a dizer para o soltarem. A polícia também começa a chegar toda e iniciou-se a confusão. Pedi a identificação a um agente, mas ele não me disse absolutamente nada. Chamei o comissário e ele também não se dirigiu a mim. Agora, no fim, veio pedir desculpa, que ia a cair e por isso é que me tinha mandado um encontrão», acrescentou.

PSP nega agressões

Fonte do comando da PSP do Porto disse à Lusa que foram identificadas três pessoas por arremesso de cenouras aos polícias e danos numa viatura policial.

Diz ainda a mesma fonte que uma dessas pessoas estava a resistir à identificação, pelo que foi conduzida a uma carrinha da polícia, para se proceder a esse ato.

A fonte do comando da PSP explicou que houve uma pequena escaramuça junto à carrinha, mas disse também não ter registo de agressões.

Vários manifestantes tentaram obter a identificação dos polícias envolvidas nas agressões, sem resultados práticos.

Um dos agentes presentes no cordão de segurança disse aos manifestantes para apresentarem queixa «amanhã».

Já em Lisboa houve dois focos de tensão: a polícia e elementos da manifestação promovida pela plataforma 15 de Outubro envolveram-se em confrontos junto ao Largo do Chiado, tendo provocado feridos ligeiros; já em frente ao Parlamento, pelo menos uma pessoa ficou ferida numa confusão entre manifestantes.
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