Crise nos aeroportos: pilotos vão continuar greve - TVI

Crise nos aeroportos: pilotos vão continuar greve

  • Portugal Diário
  • Carla Sousa
  • 23 out 2007, 15:29
Confusão nos aeroportos devido a greve dos pilotos - Foto Paulo Carriço/Lusa

«Não aceitam trabalhar mais e no final da vida receber menos»

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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) afirmou esta terça-feira que «a greve vai manter-se enquanto não houver entendimento» com o Governo.

Em conferência de imprensa, o comandante Miguel Blanc, porta-voz do SPAC afirmou que «os pilotos não aceitam trabalhar mais e no final da vida receber menos», frisando que os profissionais nem estão contra trabalhar até mais tarde, desde que, também recebessem mais quando chegassem à reforma.

«O SPAC não está contra a possibilidade dos pilotos voarem até os 65 anos. Está apenas contra a regra obrigatória que o Governo pretende impor e as suas implicações em matéria de pensões».

O porta-voz do SPAC diz que o sindicato se disponibilizou a falar com o Governo, «mas a ausência de acordo sobre as matérias nucleares, nomeadamente a especificidade da profissão, não deixou alternativa senão avançar para a greve». E garante que «as acções reivindicativas são para manter caso não haja acordo com o Governo».

A greve, em protesto contra o aumento da idade da reforma para os 65 anos e pela alteração do valor das pensões, decorre hoje, quinta-feira e sábado e há nova paralisação marcada para 5, 7 e 9 de Novembro.

«Consideramos legítimas as nossas pretensões e a greve nacional que está em curso, a qual abrange todas as empresas nacionais e não se limita à TAP», afirmou.

Sobre a crítica à «inoportunidade» da data da greve, foi salientado que o SPAC tentou agenda-la de forma a minimizar os impactos, nomeadamente às cimeiras que decorrem em Portugal no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia.

Miguel Blanc pediu ainda a compreensão dos passageiros e dos portugueses para com os pilotos que enfrentam a «maior crise da sua história», lembrando que estes «aceitaram cumprir serviços mínimos acima daquilo que lhes era exigível nestas circunstâncias».
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