Dois por cento dos portugueses admitem ter pago subornos para obter um serviço, segundo um novo relatório da Organização Não Governamental Transparency International publicado esta quinta-feira, em Berlim. O documento inclui inquéritos a 63.199 cidadãos de 60 países, escreve a Lusa.
Na lista dos países mais afectados pelo suborno, Portugal surge no quarto de cinco grupos, que engloba os países que registam níveis de corrupção entre 4 e 6 por cento. Neste grupo estão, entre outros, Argentina, Finlândia, Hong Kong, Espanha, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.
Os países onde o suborno é mais frequente, com níveis acima dos 33 por cento, são, entre outros, a Albânia, Camboja, Roménia, Senegal e Paquistão.
No pólo oposto, com taxas de suborno inferiores a 4 por cento, estão a Áustria, Canadá, França, Japão, Coreia do Sul, Holanda, Suécia e Suíça.
De acordo com o documento, dois por cento dos portugueses inquiridos admitiram ter pago subornos para ter acesso a um serviço.
Onde está a corrupção?
Quando inquiridos sobre qual o sector mais afectado pela corrupção, 4,1 por cento dos portugueses afirmou ser o político.
Os portugueses apontaram ainda como afectados pela corrupção os sectores Parlamento/deputados (3,6 por cento), negócios/sector privado (3,6), media (3,0), militares (2,6), Organizações Não Governamentais (2,8), entidades religiosas (2,8) e sistema educativo (2,9).
O sistema legal e judiciário (3,4 por cento), os serviços médicos (3,2), a polícia (3,2), os serviços de registos e de licenças (2,6), os serviços públicos (2,8), e as autoridades fiscais (3,6) são outros sectores apontados pelos cidadãos portugueses.
Para 64 por cento dos portugueses os esforços do Governo para combater a corrupção são ineficazes e a corrupção vai aumentar no futuro.
Dois por cento dos portugueses admitem corrupção
- Portugal Diário
- 6 dez 2007, 12:57
Maioria dos portugueses considera ineficazes os esforços do Governo para combater os subornos
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