Rei Ghob: acusação acredita que apareçam novas provas - TVI

Rei Ghob: acusação acredita que apareçam novas provas

Julgamento prossegue na segunda-feira em Torres Vedras

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Mesmo sem os corpos das alegadas quatro vítimas de Rei Ghob, o Ministério Público (MP) e os advogados das famílias das vítimas acreditam que vão aparecer novas provas no julgamento, que continua na segunda-feira, em Torres Vedras.

Fonte judicial disse à agência Lusa que a acusação «está na expectativa de que possam surgir esclarecimentos que sirvam como provas» para sustentar a acusação do MP, que acusa Francisco Leitão (Rei Ghob) de quatro crimes de homicídio e outros quatro de ocultação de cadáver.

Do lado da defesa, os advogados têm a tarefa mais dificultada, assumiu à Lusa a causídica Maria Inês Correia, uma das defensoras de Francisco Leitão. Tudo porque «não se apuraram pressupostos médico-legais da inimputabilidade» de Francisco Leitão, conclui o relatório pericial psiquiátrico do Instituto Nacional de Medicina Legal, a que a Lusa teve acesso, ao contrário do que o arguido queria fazer crer.

Segundo o processo, antes de ser detido, Francisco Leitão terá confessado a um dos jovens gnomos do castelo, que estava a tomar comprimidos para, caso viesse a ser suspeito no desaparecimento da última vítima (Joana Correia), «dizer à Polícia Judiciária que era doente da cabeça», motivo que o terá levado ainda a cometer várias tentativas de suicídio.

Os psiquiatras referem que tem uma personalidade com traços «histeriformes», «narcísicos», «anti-sociais» e até «psicopáticos», o que remete para comportamentos de «frieza e distanciamento afectivo».

A sua imputabilidade cria a convicção ao MP de que o arguido terá planeado as mortes com mais de 24 horas de antecedência e à Polícia Judiciária de que este se socorria de «estratagemas engendrados» para simular junto das famílias dos mortos que estes estavam vivos.
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