Funcionários vítimas de agressões nas escolas - TVI

Funcionários vítimas de agressões nas escolas

  • Portugal Diário
  • 24 nov 2007, 21:12

Denúncia da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação

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A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação considera que «o país tem de saber que a violência nas escolas abrange, de forma diária, os funcionários não-docentes vítimas de dezenas de agressões físicas e verbais», noticia a Lusa.

«Fala-se muito em agressões a professores ou entre alunos, mas esquece-se as dezenas de funcionários que são agredidos ou insultados todos os anos nas escolas portuguesas», afirmou o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva à agência Lusa, frisando que o assunto foi já levado ao Procurador-Geral da República.

O dirigente associativo falava à margem dos trabalhos do Dia Nacional do Trabalhador Não-Docente que hoje decorre no auditório municipal de Felgueiras com a presença de 200 trabalhadores, para debater a possibilidade de integração de funcionários não-docentes nas autarquias locais.

A iniciativa, que se prolonga pela tarde, incluiu intervenções de José Paulo Carvalho, deputado do CDS-PP na Assembleia da República, de Fátima Felgueiras e de Paulo Teixeira, presidentes dos Municípios de Felgueiras e de Castelo de Paiva, e dos sindicalistas Jorge Gomes Santos e Carlos Guimarães, respectivamente, Presidente e Vice-Secretário Geral da FNE.

João Dias da Silva disse que, tal como sucede com os professores, não há números exactos sobre as agressões a funcionários, nas escolas, desafiando o Ministério da Educação a divulgá-los, «mais que não seja recorrendo às estatísticas de processos disciplinares levantados a alunos».

Considerou que «os 35 mil funcionários auxiliares existentes nas escolas portuguesas, são pilares fundamentais do sistema que têm de ser acarinhados, e para cuja formação profissional é preciso olhar».

«Defendemos acções de formação profissional para os funcionários actuais e queremos que o acesso de novos trabalhadores seja permitido a quem tem o 12.º ano, e, preferencialmente, alguma formação na área das relações humanas», declarou.

A FNE - disse - não se opõe a que os funcionários passem para a tutela das autarquias - caso o Ministério da Educação e a Associação dos Municípios Portugueses cheguem a acordo.

No entanto - sublinhou - defende que a avaliação destes funcionários tem de continuar a ser feita pelos agrupamentos de escolas ou pelos Conselhos Executivos, e não pelos Municípios, como sucedia anteriormente.
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