Professores e Governo voltam a sentar-se à mesa

É mais uma ronda negocial sobre a carreira e a avaliação dos professores. Sindicatos e Governo voltam esta quarta-feira a reunir-se, depois de na passada quarta-feira a tutela ter garantido que a nova avaliação será centrada na escola e emanará do Conselho Pedagógico.

A Lusa refere que a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) e a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) se mostraram satisfeitas com o fim da figura do professor titular, mas há ainda muito para negociar. A manutenção de quotas para as classificações mais elevadas e a limitação a vagas para transição em três momentos do percurso profissional estão a criar uma barreira de entendimento.

Os sindicatos continuam a opor-se à prova de ingresso na profissão e a reclamar uma outra visão sobre os horários de trabalho, a contagem do tempo de serviço e a aposentação, ao fim de uma carreira que o Ministério da Educação propõe ser de 34 anos. A FNE propõe uma carreira de 28 anos.

Até agora, os professores conseguiram a suspensão do segundo ciclo avaliativo pelo modelo decidido pelo anterior Governo. Aos sindicatos foi também garantido que os professores que não entregaram a proposta de objectivos individuai serão avaliados no primeiro ciclo de avaliação.

A FENPROF já admitiu pedir um período suplementar de negociações, caso não haja acordo dentro do prazo previsto. Seja como for, e independentemente do resultado das negociações, a Federação Nacional dos Professores tenciona assinalar a 19 de Janeiro os três anos da aprovação do Estatuto da Carreira Docente, agora em revisão.