Mais provas para os professores - TVI

Mais provas para os professores

  • Portugal Diário
  • 3 set 2007, 12:31
Alunos assistem a um vídeo sobre a puberdade (Fotografia de Marta Sofia Ferreira)

Quem não usar correctamente o português verá barrado acesso à profissão

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O Ministério da Educação está a dificultar a vida aos professores, e quer agora barrar o acesso à carreira de docente dos candidatos que não usem correctamente a Língua Portuguesa. Os «futuros» professores terão que mostrar o que valem numa prova de ingresso na profissão, constituída por dois exames escritos e um oral, e aqueles que não tiverem uma nota mínima de 14 valores, estão excluídos da «corrida», avança o Correio da Manhã.

Na proposta de portaria que regulamenta o Estatuto da Carreira de Docente, o Governo determina que os erros gramaticais, as más construções frásicas e uma dificuldade em expor ideias em público vão impedir o acesso ao ensino dos jovens professores licenciados.

Mesmo depois da frequência universitária e do mestrado, os candidatos terão de ser avaliados em três exames distintos se quiserem seguir o ensino.

Num primeiro exame escrito, com a duração de duas horas, serão avaliados os conhecimentos de Português dos «futuros» professores. De acordo com o documento, «o domínio escrito da língua portuguesa, tanto do ponto de vista da morfologia e da sintaxe, como no da clareza da exposição e organização de ideias» são essenciais. O Governo só não deixa explícito se a avaliação também incide sobre os erros ortográficos.

Numa segunda prova escrita, específica para cada área de ensino, o ministério pretende avaliar as competências de «ordem científica e tecnológica» dos licenciados.

O terceiro e último exame é oral e incide sobre a postura do candidato, a forma como fala, os erros linguísticos que comete e a forma como lida com as novas tecnologias.

O Sindicato é que não está muito contente com estas provas de ingresso na profissão e teme que, com os nervos, os candidatos percam a oportunidade de aceder ao ensino.

Mas nem tudo está perdido e se o examinando falhar, repete a prova no ano seguinte até um máximo de três tentativas.
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