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Ir buscar os professores de jipe ou helicóptero

Neve no distrito de Braga

Sindicato dos Professores do Norte «convidou» autarca de Vinhais a disponibilizar «transporte» aos docentes

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O Sindicato dos Professores do Norte (SPN) «convidou» esta quinta-feira o autarca de Vinhais a disponibilizar o seu jipe pessoal ou um helicóptero para os docentes não terem de faltar às aulas quando neva, escreve a Lusa.

O sindicalista José Domingues respondeu assim, de forma irónica, às críticas do autarca socialista que considerou esta quinta-feira «uma autêntica vergonha» as faltas dos professores nos últimos dias, por causa da neve.

Professores faltam às aulas por causa da neve

«O que o presidente da câmara pode fazer é ceder o jipe dele para os professores poderem transitar», disse.

O sindicalista garantiu à Lusa que «ainda esta manhã um grupo de 20 professores, que se deslocava de Bragança para Vinhais, não conseguiu sair da cidade por indicação da GNR».

«Os professores não têm autonomia para desrespeitar a GNR quando diz que não se pode passar», afirmou.

Segundo disse, outro grupo fez o percurso, mas acabou por ficar retido já depois de Vinhais, a caminho de Vilar de Lomba, na zona conhecida como Monte da Forca.

No entanto, o governador civil de Bragança, Jorge Gomes, deu razão às críticas do autarca de Vinhais. Enquanto responsável máximo pela Protecção Civil no distrito, garantiu à Lusa que «nunca se deu a estrada de Vinhais (EN 103) como intransitável por causa da neve».

Todos, menos os professores

O responsável considera, que o autarca «tem alguma razão, porque toda a gente, que se desloca de Bragança para Vinhais para trabalhar, compareceu hoje nos postos de trabalho, excepto a comunidade escolar».

«Não há justificação aparente para que não se desloquem», sustentou o governador.

Em situações como os nevões, quem não puder ir trabalhar por causa das estradas ficarem intransitáveis pode obter uma declaração junto da Protecção Civil para justificar a falta.

O governador realçou que a Protecção Civil pode apenas atestar as condições da estrada, mas não avaliar as condições psicológicas de quem tem que se deslocar.

Jorge Gomes rejeitou, no entanto as críticas do autarca à Protecção Civil, afirmando que «os alertas para as condições climatéricas adversas têm apenas como propósito proteger os cidadãos, chamando a atenção para que vão preparados para a estrada».
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