Loulé: Degradação de tribunal assusta funcionários - TVI

Loulé: Degradação de tribunal assusta funcionários

  • Portugal Diário
  • 26 fev 2007, 17:30

Desníveis nas paredes não permitem fechar portas nem janelas

Relacionados
Os funcionários do Tribunal de Loulé temem pela sua segurança devido ao estado de degradação do edifício, que apresenta rachas profundas e cujo chão está a abater, denunciou o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública (STFP) do Sul. A notícia foi avançada pela agência Lusa.

Em declarações à Lusa, Jacinta Charneca, coordenadora do STFP/Sul, disse que os funcionários judiciais estão «assustados» e que temem pela sua segurança, já que as condições se agravaram com o sismo do passado dia 12.

O edifício onde funciona o Palácio da Justiça de Loulé foi inaugurado há cerca de dez anos, mas já revela sinais de abatimento do soalho e fissuras profundas nas paredes, o que leva o sindicato a acreditar que houve algum defeito na construção.

Os problemas residem principalmente no rés-do-chão do edifício, onde funciona o Registo Civil e Predial, sendo que nos dois pisos superiores, onde funcionam o Ministério Público, Juízos Criminal e Cível, a degradação não é tão evidente.

«Os trabalhadores dizem que não conseguem fechar as portas e janelas devido aos desníveis das paredes», observa Jacinta Charneca, salientando que a situação piora de dia para dia e que os funcionários temem pela sua segurança.

As instalações do tribunal já foram visitadas por várias entidades, nomeadamente pelo secretário de Estado da Justiça e director-geral dos Registos e Notariado, mas, segundo o sindicato, «nada foi feito» até agora.

«De visitas estamos nós fartos, queremos é uma intervenção séria para parar a degradação do edifício», disse a sindicalista, lembrando que é também a segurança das centenas de utentes dos serviços que está em causa.

Uma funcionária do Tribunal de Loulé, que preferiu manter-se no anonimato, confidenciou à Lusa ter «muito medo» de trabalhar naquelas condições, já que as pessoas não estão «minimamente seguras».
Continue a ler esta notícia

Relacionados