Gisberta: Oficina desmente acusações - TVI

Gisberta: Oficina desmente acusações

(Arquivo)

Menores e técnicos continuam a trabalhar. Segurança Social ouviu responsáveis

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Os responsáveis da Oficina de São José, no Porto, desmentiram esta quarta-feira que os alunos da instituição estejam proibidos de contactar com os técnicos da Associação «Qualificar para Incluir», referiu ao PortugalDiário o presidente da Segurança Social.

Edmundo Martinho adiantou as explicações que os responsáveis da Oficina deram ao presidente da Segurança Social do Porto, durante uma visita realizada, esta quarta-feira, à instituição de acolhimento de menores.

«Os jovens vão continuar a frequentar as acções que a Associação levar a cabo, mas fora da Oficina», referiu o presidente da Segurança Social, acrescentando que «as divergências entre a «Qualificar para Incluir» e a Oficina sobre a forma como esta última é gerida» são a justificação para impedir os técnicos de ali entrarem.

«Não temos razões para achar que devemos intervir»

«Não temos razões para achar que devemos intervir», adiantou o presidente da Segurança Social acrescentando que «a decisão é recente e ainda é muito cedo para avaliar os seus efeitos numa programação adequada aos menores».

Se as alterações «implicarem uma cessação da capacidade técnicas da Oficina», então Edmundo Martinho admite que a Segurança Social terá de «instar a Oficina a elaborar um programa de actividades completo».

De acordo com o «Jornal de Notícias», os rapazes internados na Oficina de São José, no Porto, estão proibidos de contactar com técnicos da associação «Qualificar para Incluir», a que pertencem quatro pessoas que testemunharam no julgamento do Caso Gisberta.

Técnicas afastadas vão ser substituídas

No final de Agosto, a direcção da Oficina já tinha dispensado os serviços de uma assistente social e de uma psicóloga, ligadas à QPI, não lhes renovando o contrato. As declarações destas técnicas em audiência originaram uma certidão para processo-crime entregue no DIAP do Porto contra responsáveis da Oficina de S. José.

Edmundo Martinho diz que «este é um caso laboral» e que «para a Segurança Social o que interessa é que a instituição não fique sem técnicas». Nesse sentido, remata, «a nova psicóloga está seleccionada, a entrevista final vai realizar-se esta sexta-feira com a presença de um membro da Segurança Social».



O PortugalDiário contactou a Oficina e a «Qualificar para Incluir» que recusaram prestar mais declarações sobre o caso.
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