O Tribunal Constitucional da Tailândia suspendeu esta quarta-feira o primeiro-ministro do país, Prayut Chan-O-Cha, enquanto analisa um caso que pode levar à destituição deste líder tailandês.
O tribunal aceitou analisar uma petição apresentada pelos partidos da oposição, na qual argumentam que Prayut - que chegou ao poder no golpe de Estado de 2014 - atingiu o limite de oito anos de mandato.
Por uma votação de 5 a 4, os membros do tribunal concordaram em suspender Prayuth das suas funções a partir desta quarta-feira até que uma decisão seja tomada pelos magistrados.
A decisão do tribunal foi anunciada num comunicado depois da fuga da notícia para os meios de comunicação tailandeses.
O tribunal não disse quando emitirá a sua decisão sobre a violação da cláusula da Constituição sobre o limite de oito anos de mandato. Se os magistrados considerarem que houve violação da Constituição, o primeiro-ministro perderá o cargo definitivamente.
Não foi anunciado imediatamente quem assumiria as suas funções como primeiro-ministro interino.
De acordo com a lei, seria o vice-primeiro-ministro, Prawit Wongsuwan, que ocupa o primeiro lugar entre vários deputados.
Prawit Wongsuwan é um aliado político próximo de Prayuth e fez parte do mesmo grupo militar que encenou o golpe de 2014, que inicialmente levou Prayut Chan-O-Cha ao poder.
A Tailândia foi palco de uma dúzia de golpes de Estado militares desde o fim da monarquia absoluta em 1932. A maioria foi necessária, segundo os militares, para proteger a monarquia, que permanece sagrada no país.