O ministro das Finanças disse esta quarta-feira que o «desemprego vai continar a agravar-se», fruto da crise económica.
Já Sócrates considera que as medidas de combate ao desemprego resultaram...
Teixeira dos Santos, a esta hora a ser ouvido na Comissão de Finanças, garantiu que o Estado «vai centrar a sua atenção no combate ao desemprego e no apoio aos desempregados», mas sublinhou: «Portugal tem um dos subsídios de desemprego mais generosos no contexto da OCDE».
Por isso, o governante deixou explícito, perante duas colunas de deputados dos vários partidos com assento parlamentar, que a grande aposta do Executivo «é salvaguardar os postos de trabalho».
Quanto ao programa de incentivo ao emprego, que gerou polémica entre o ministro e o deputado comunista Honório Novo, Teixeira dos Santos reiterou que «a despesa autorizada até ao momento foi de 60% do estabelecido» e que os «projectos estão em curso».
De acordo com o ministro, estes tendem «a ganhar velocidade» nos próximos meses, adiantando que as grandes beneficiadas com este programa foram as pequenas e médias empresas na área da energia.
Sector financeiro perde apoios
Já sobre o sector financeiro, o responsável pela pasta das Finanças disse que «o sector tem-se revelado relativamente resiliente», o que vai permitir ao Estado redireccionar os 20 mil milhões de euros que tinha reservado para empréstimos aos bancos nacionais.
Teixeira dos Santos disse que o apoio público à economia «é temporário», garantindo que o governo só está à espera que a situação se torne «sustentável».
Evasão fiscal não teve um acréscimo «significativo»
Sobre a quebra da receita fiscal de 13,2% em 2009, face ao ano passado, o ministro das Finanças negou os ataques de Honório Novo, que afirmou que este tombo estava relacionado com o aumento da economia paralela e da evasão fiscal.
«A quebra da receita não se pode considerar que resulte de um acréscimo significativo do fenómeno de fraude e evasão fiscal, que é um fenómeno permanente e não temos indicadores que revelem que tenham aumentado», disse Teixeira dos Santos.
O governante reiterou que será preciso um financiamento adicional para pagar as despesas, depois da receita fiscal ter registado uma quebra de 4,5 mil milhões de euros, justificadas em «70% pela evolução dos impostos indirectos», «outra parte pela diminuição do IVA», onde contribuiu o aumento do preço dos combustíveis.
«Desemprego vai continuar a agravar-se»
- Ana Rita Leça
- 2 dez 2009, 11:56
Ministro das Finanças garante que subsídios portugueses são dos «mais generosos» da OCDE
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