Festa é festa

Agostinho

Dinarte Branco

Agostinho, padrinho da Aida, 60 anos. É um homem que desapareceu da aldeia há muitos muitos anos, sem ninguém saber nada dele. Andou por África e nos últimos anos fixou-se em Cabo Verde. É um cromo, claro, que anda sempre de corsários, sandálias, etc., como se estivesse em Cabo Verde. É um aldrabilhas. Diz que tem dinheiro e negócios, etc., (na área dos bares, entretenimento, etc.), mas que o dinheiro ficou lá “congelado” e ainda não o conseguiu trazer. Resultado: põe tudo na conta da afilhada, em todo o lado. Leva a sério a cena do "no stress". Aliás, usa recorrentemente crioulo na sua fala. Agostinho não tem horários, nem, sobretudo, modos. É daqueles que se deita no sofá, sem pedir licença, deixando os outros sem lugar onde se sentar, bem como faz o mesmo com o comando da tv (é dele, e só quer ver debates de futebol, muito alto, e berra com a televisão quando estão a falar mal do Benfica). Mal chega a casa de Tomé, sem pedir licença, fica no quarto da Aida e do Tomé. E a juntar a isto, é um contador de histórias, aldrabadas e que não batem certo.