Festa é festa

Cecília

Ana Nave

Ex emigrante em França, solteirona na casa dos 50. Emigrou para França aos vinte e muitos. Abriu uma confecção numa cave de um prédio onde São era sua empregada. Embora tenha algum sotaque, não usa palavras em francês, na verdade nunca conseguiu dominar minimamente a língua. Sempre foi uma mulher de muito trabalho, o objetivo dela sempre foi juntar dinheiro para comprar um terreno e poder fazer a sua casinha na aldeia. É uma mulher despachada, simples, muito impaciente para as futilidades da vida, em particular da São. Emprestou grande parte do dinheiro que tinha juntado para a casa a São quando ela voltou para Portugal, com a promessa que lho iria pagar num curto prazo de tempo. Nunca aconteceu. Devido à crise, viu-se a braços com a falência da confecção e isso fez com que viesse para a Bela Vida cobrar aquilo que São lhe devia. Fica chocada como a sua ex-funcionária leva uma vida faustosa, se veste como uma diva, em vez de lhe pagar o que deve. Monta arraiais em casa de São e não sai até que lhe paguem o que devem. Aproveita esse tempo para humilhar a ex-funcionária e levar uma vida boa à custa dela e de Nando.