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Portas fez campanha no meio das peixeiras

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Líder do CDS mostrou que não distingue «as pessoas pelo que elas fazem» e distribuiu beijinhos e abraços pelas vendedoras de peixe

A manhã do último dia de campanha do CDS começou no mercado de Benfica, em Lisboa. Paulo Portas chegou bem-disposto, mas teve logo uma recepção conturbada. «Vai trabalhar», gritava um homem ao ver o líder centrista. Portas ignorou, mas houve quem não gostasse de ouvir os piropos menos simpáticos e gerou-se uma discussão.

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Contornando o sururu, Portas entrou no mercado e parecia ter um objectivo definido, a zona das peixeiras. Contornou os tabuleiros e foi mesmo cumprimentar as vendedoras que lhe sorriam do lado de lá do balcão. «Dê cá um beijinho», dizia Paulo Portas, repetindo o gesto em cada banca.

O ritual continuou por mais uns minutos. As pessoas desejam-lhe «sorte», «força». Portas continua demorando-se na zona do peixe até que duas peixeiras o chamam. Estão revoltadas com as declarações de Francisco Louçã. «Ele não quer fazer campanha com as peixeiras? Mas o que é que ele é mais do que eu?», pergunta uma indignada, não deixando de mimar o líder bloquista com alguns insultos. «Ele tem é nojo do trabalho», diz.

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Portas usa o mote e comenta. «Francisco Louçã diz que não frequenta as peixeiras depois o racista sou eu. Eu falo com toda a gente, mesmo com aqueles que não concordam comigo», disse. E faz questão de dizer que não distingue «as pessoas pelo que elas fazem». «Quando vocês comem bom peixe é porque alguém o arranjou», disse ainda.

E continuou o passeio pelos corredores apertados do mercado, seguido por uma comitiva com bandeiras. Ao lado do líder seguia Teresa Caeiro e Pedro Mota Soares, que foi interpelado por uma vendedora que lhe agradecia a ajuda. «A minha filha não tinha vaga na escola, ninguém resolvia e só depois de eu lhe ter pedido ajuda a ele [Mota Soares] é que a DREL lhe arranjou vaga», explicou.

Mas nem todos tinham palavras simpáticas para a comitiva centrista. Atrás, iam-se ouvido alguns comentários: «é igual aos outros», «vai mas é trabalhar», «ele que compre mais submarinos».

E como não podia deixar de faltar, lá se falou do rendimento social de inserção. «Nem toda a gente merece o rendimento mínimo», dizia uma vendedora a Portas. «Eu não quero andar a alimentar parasitas», afirmava outra».

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