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Cavaco: «De uma vez por todas», falta de consenso «de nada valerá»

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Presidente da República condena visão imediatista, de quem só pensa em eleições e em questões que pouco dizem aos portugueses

Um aviso sério, carregado de adjetivos assertivos, e por várias vezes repetido ao longo do discurso do Presidente da República, esta quinta-feira, nas comemorações dos 39 anos da Revolução do 25 de Abril, no Parlamento. Cavaco Silva advertiu que «de uma vez por todas» é preciso que os partidos políticos compreendam «que a conflitualidade permanente e a ausência e consensos irão penalizar os próprios agentes políticos mas, acima de tudo, irão afetar gravemente o interesse nacional». Só a maioria PSD/CDS-PP aplaudiu.

Cavaco Silva puxou as orelhas à oposição e à falta de abertura para consensos (aqui o aviso também se poderá dirigir ao Governo), afirmando que «se se persistir numa visão imediatista, se prevalecer uma lógica de crispação política em torno de questões que pouco dizem aos portugueses, de nada valerá ganhar ou perder eleições, de nada valerá integrar o Governo ou estar na oposição».

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Daí que tenha voltado a frisar que « é imperioso preservar a capacidade de gerar consensos em torno do caminho a seguir para alcançar os grandes objetivos nacionais».

Sem pensar apenas em eleições: «Os nossos agentes políticos, económicos e sociais têm de estar conscientes que deverão atuar num horizonte temporal mais amplo do que aquele que resulta dos calendários eleitorais». Até porque «o futuro de Portugal implica uma estratégia de médio prazo».

E se «não se pode negar o facto de os portugueses estarem cansados da austeridade, não se deve explorar politicamente a ansiedade e a inquietação dos nossos concidadãos», avisou também.

Para Cavaco, não há condições para o país cair numa crise política: «Refiro a minha profunda convicção de que Portugal não está em condições de juntar uma grave política à crise económica e social em que está mergulhado. Regrediríamos para uma situação pior do que aquela que nos encontramos» e para evitar um segundo resgate.

Assim, apelou, «em nome dos portugueses, é essencial alcançar um consenso político alargado». O caminho contrário iria agravar «a situação dos que não têm emprego ou dos que foram lesados nos seus rendimentos, e comprometendo, por muito e muitos anos, o futuro das novas gerações», não evitando um segundo resgate.

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