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Construção, indústria e UGT aplaudem pacote contra a crise

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Plano prevê mais investimento público e apoios às empresas e emprego

A Federação Portuguesa dos Industriais da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) aplaudiu já as medidas do pacote anunciado pelo Governo para combater a crise económica no país.

O presidente da entidade, Reis Campos, disse em declarações à «Lusa» que apenas uma das medidas do plano anti-crise diz respeito ao sector da construção e obras públicas.

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Defende que «a perda de emprego tem de ser travada», sustentando que estas obras que se dirigem para as pequenas e médias empresas e aquelas que ainda não estão em condições de serem lançadas «são fundamentais para o sector e para o país».

Ainda assim, o responsável não quer que as medidas para combater a crise se esgotem neste plano, devendo também o Governo «actuar para dinamizar o investimento privado, sobretudo no mercado habitacional».

UGT lamenta ausência de propostas que melhorem salários e pensões

Já a UGT, está particularmente satisfeita com as medidas que dizem respeito ao apoio ao emprego.

O secretário-geral da central sindical, João Proença, considerou positivas as medidas, em declarações à «Lusa», mas lamentou a inexistência de propostas para a melhoria de salários e pensões.

João Proença defendeu a necessidade de reforço do consumo, a nível interno, através da melhoria do rendimento disponível das famílias com o aumento de salários e pensões, acima da inflação.

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Para o responsável, as medidas ajudam as empresas a não reduzirem postos de trabalho, mas «os custos do desagravamento não devem ser suportados pela Segurança Social, e sim pelo Orçamento do Estado».

ANJE elogia investimento na manutenção dos postos de trabalho

A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), aplaudiu particularmente o investimento no emprego. «Pela primeira vez, vemos uma preocupação que vai além da questão financeira, que é necessária, mas não suficiente, para estabilizar o nível de emprego que as empresas têm actualmente», disse o presidente da associação, Armindo Monteiro, à «Lusa».

Para o presidente da ANJE, «todo o euro investido na preservação dos postos de trabalho é muito mais útil do que o que tiver de ser utilizado no pagamento de prestações sociais de desemprego».

«É muito importante estimular agora o emprego para evitar ter que atacar o problema quando as empresas já não conseguirem suportar os postos de trabalho», frisou.

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«Numa altura em que a procura interna diminui, as empresas só conseguem sobreviver se ganharem novos mercados. As restrições ao crédito estavam a criar dificuldades para cobrir os riscos das exportações, mas a linha hoje anunciada permite às empresas que continuem a exportar», afirmou.

Sobre os 250 milhões de euros anunciados para fomentar a reestruturação das empresas, Armindo Monteiro elogiou a medida, mas diz que o montante «devia ser superior».

«Esta verba é curta, mas o mais importante é que haja oportunidade para as empresas se reestruturarem porque um dos maiores problemas das empresas é a falta de escala», defendeu.

A grande crítica da ANJE vai para a redução do pagamento especial por conta. «Gostava que o governo tivesse ido um bocado mais longe. Presumir que todas as empresas vão ter lucro, especialmente numa época de crise, é exagerado», afirmou.

CIP alerta que pode ser preciso mais

Também a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), já se pronunciou, elogiando as medidas. O presidente, Francisco van Zeller, sublinhou à «Lusa» a criação de «encomendas e obras diversas» mais próximas que o TGV e o aeroporto.

O patrão da indústria considerou ainda «muito positiva» a concessão de crédito às exportações pois «estava haver dificuldades» e ainda o crédito às pequenas e médias empresas, «agora com menos exigências, para ver se o dinheiro chega às empresas».

Van Zeller qualificou o pacote de combate à crise como «equilibrado» mas alertou que pode não chegar «pois não sabemos a extensão e a profundidade da crise».

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