Este é uma sinal claro das dificuldades sentidas nos últimos anos em consolidar as finanças públicas nacionais. De acordo com os dados orçamentais publicados ontem pelo Eurostat para todos os países da União Europeia, a despesa da Administração Pública portuguesa passou de 44,3% do PIB em 2000 para 47,8% em 2005, avança hoje o «Diário de Notícias».
Esta variação de 3,5 pontos percentuais supera os outros 11 países da Zona Euro que estão obrigados a seguir as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). Dentro deste grupo, os que viram a despesa a ganhar mais peso no PIB a seguir a Portugal foram o Luxemburgo, com uma variação de 2,9 pontos percentuais e a Finlândia com 1,9 pontos. Contudo, enquanto o Luxemburgo apresenta um valor da dívida pública de apenas 6,2% do PIB, a Irlanda registou um excedente orçamental de 2,6% em 2005. A média deste indicador na Zona Euro foi de uma redução do peso da despesa pública no PIB.
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Portugal, que desde 2002 tem a consolidação orçamental como objectivo explícito dos seus governos e que está forçado pelas regras europeias a reduzir o seu défice, tem obtido, ao nível do controlo da despesa resultados decepcionantes.
Em 2005, a situação não melhorou, já que Portugal também foi, durante esse ano, o país em que a despesa pública em percentagem do PIB mais cresceu (1,4 pontos percentuais).
Entre os outros países da União Europeia, mas que ainda não adoptaram o euro, o Reino Unido e o Chipre apresentam um crescimento recente da despesa em percentagem do PIB ainda mais elevado que Portugal.
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