O comandante distrital da protecção civil de Setúbal, Alcino Marques, confirmou hoje que o pilar e a viga dos pisos superiores do prédio afectado pela explosão de gás, estão «a deformar», noticia a Lusa.
«É uma evolução negativa, a viga que está solta e o pilar estão a deformar, estamos a fazer uma monitorização da evolução da situação para ver se é preocupante», disse aos jornalistas.
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Segundo Alcino Marques, a situação «não é famosa, em termos de perigosidade», mas está garantido que o escoramento vai estar concluído nas próximas horas, o que dará «outra garantia para evitar uma eventual derrocada do edifício».
Entre o 6º e o 9º piso, estão a ser colocados 20 pórticos com capacidade para 20 toneladas cada, «porque em caso de derrocada dos três últimos pisos, estes pórticos vão evitar o efeito de domino».
«A estrutura está bastante danificada nos três últimos pisos», precisou Alcindo Marques. «Neste momento a nossa preocupação, tendo em conta o relatório do LNEC e dos peritos, é consolidar a estrutura do edifício usando pórticos para escorar os pisos inferiores, de modo a que o prédio possa suportar eventuais sobrecargas decorrentes da derrocada da cobertura ou das lajes que estão em cima», concluiu Alcino Marques.
Dez por cento sem seguro
Cerca de dez por cento dos habitantes dos prédios de Setúbal afectados pela explosão da passada quinta-feira não têm seguro de casa, revelou hoje um dos elementos da comissão de moradores.
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António Luís falava à agência Lusa no final da reunião entre a comissão de moradores e a câmara municipal de Setúbal, na qual a autarquia colocou à disposição da população um apoio jurídico para resolver as questões relacionadas com os seguros.
«Este gabinete vai dar ajuda a quem não tem seguro de casa, que no total dos prédios envolvidos são cerca de dez por cento», disse António Luís.
O elemento da comissão de moradores, disse ainda que existem também pessoas que «não têm seguro automóvel contra todos os riscos, mas que a câmara vai ajudar a pôr em andamento o Fundo de Garantia Automóvel».
Uma centena de carros danificados
Cerca de uma centena de carros ficaram danificados na sequência da explosão.
De acordo com António Luís, os moradores «ficaram mais descansados por saber que têm este apoio jurídico e que, depois de estar feito o escoramento e a segunda peritagem do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, vão poder ir novamente ao prédio, com mais garantia».
Em declarações à Lusa, o vice-presidente da câmara e vereador com o pelouro da Protecção Civil, Eusébio Candeias, afirmou que «a câmara tem uma equipa de apoio social desde o primeiro momento, mas agora também o apoio jurídico para ajudar na área dos seguros e dos processos mais complicados».
«Estamos a dar esse apoio às famílias e posso dizer que as companhias de seguro também já estão no local», acrescentou.
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