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Almada: moradores processam REN

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Habitantes criam comissão contra linha de muita alta tensão

Moradores de várias zonas do concelho de Almada afectadas pela passagem da linha de muita alta tensão criaram uma comissão para avançar com uma acção judicial conjunta em tribunal contra a Redes Energéticas Nacionais (REN), refere a Lusa.

Bruno Silva, morador na Quinta de São Macário, uma das zonas afectadas pela linha de muito alta tensão, disse que a queixa em tribunal avançará «seguramente antes do fim do ano, mas provavelmente ainda este mês».

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A principal reivindicação do movimento de cidadãos passará pela «mudança de traçado para outros locais menos urbanos», visto que, «ao contrário do que foi pensado anteriormente, as linhas enterradas também prejudicam a saúde, ainda que com 10 por cento de intensidade a menos».

A criação desta comissão de moradores surgiu numa reunião mobilizada na noite de sábado para domingo por moradores da Quinta de São Macário e que reuniu mais de 60 pessoas de várias zonas do concelho de Almada por onde passa a linha de muito alta tensão.

«Com a realização desta reunião ficámos a saber que outras pessoas do concelho já estavam a avançar com acções em tribunal e decidimos que, a partir de agora, qualquer acção, seja judicial ou de protesto, decorrerá em parceria entre todos», explicou Bruno Silva.

Moradores de Pêra, da Quinta da Morgadinha, da Regateira, da Charneca de Caparica, de Palhais, de Valverde, de Vale Rosal e da Quinta de São Macário estiveram presentes, além dos directores de dois colégios, o Campo de Flores e o Sol e Mar, e do presidente da Junta de Freguesia da Charneca de Caparica, Fernando Jorge.

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Advogados oferecem serviços de graça

De acordo com Bruno Silva, um dos moradores presentes revelou ter uma proposta de um escritório de advogados que «oferece os seus serviços para defender a causa, sendo que os moradores ficam apenas com o pagamento das custas judiciais».

Um valor que foi estimado, durante a reunião, em 10 mil euros, um custo «bastante reduzido» em relação aos 100 mil euros inicialmente previstos para avançar com uma acção judicial contra a REN.

Postes implementados em terrenos privados sem consentimento, postes colocados em terrenos camarários sem informação à autarquia ou ainda postes situados a apenas alguns metros de habitações e escolas são algumas das medidas levadas a cabo pela REN com as quais estes cidadãos não concordam.

Esta linha de muito alta tensão, a cargo da REN pretende fazer a ligação entre as subestações de Fernão Ferro, no Seixal, e da Trafaria, em Almada, estando prevista a sua entrada em funcionamento a partir do início de 2009.

A Câmara Municipal de Almada já admitiu anteriormente que não daria apoio judicial ou financeiro aos moradores por considerar que uma medida destas é ilegal, apesar de ter afiançado o seu apoio aos habitantes do concelho.

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