A população de Vale Fuzeiros (Silves) assegurou esta sexta-feira que irá manter os protestos contra o traçado da linha de muito alta tensão Tunes/Portimão, após uma reunião inconclusiva realizada hoje entre responsáveis pelo licenciamento da obra, moradores e autarquia.
«Não saiu nada desta reunião, por isso vamos continuar com os protestos», garantiu à Lusa o representante dos moradores de Vale Fuzeiros, Sérgio Santos, à saída da reunião na Câmara Municipal de Silves com a Redes Energéticas Nacionais (REN), Direcção-Geral de Energia e Geologia e Associação Portuguesa do Ambiente.
PUB
Segundo Sérgio Santos, do encontro «saiu apenas» a marcação de uma outra reunião para dia 26 de Novembro, em Lisboa, afim de conseguir juntar os intervenientes que hoje não estiveram presentes como as secretarias de Estado do Ambiente e Economia, Instituto de Conservação da Natureza (ICN), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve e Instituto da Água (INAG).
Sérgio Santos lamenta a ausência daquelas entidades no encontro de Silves, porque, diz, «havia grande expectativa de que pudesse sair daqui hoje uma solução de consenso para a implantação do traçado».
«Como a REN voltou a demonstrar intransigência na alteração do traçado, vamos continuar com a luta até que as nossas pretensões sejam satisfeitas», assegurou Sérgio Santos.
A Câmara Municipal de Silves e os proprietários dos terrenos afectados pela passagem da linha de muito alta tensão, exigem que o traçado seja desviado para Norte das barragens do Funcho e do Arade.
PUB