Chávez congela relações com Espanha - TVI

Chávez congela relações com Espanha

  • Portugal Diário
  • 25 nov 2007, 23:05

Presidente da Venezuela quer que rei Juan Carlos lhe peça desculpa

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O Presidente venezuelano Hugo Chávez garantiu este domingo que até que o rei Juan Carlos de Espanha lhe apresente desculpas pelo incidente no encerramento da cimeira Ibero-americana, as relações com Madrid serão congeladas, noticia a Lusa.

A garantia foi feita durante a cerimónia realizada em Maracaíbo, em que anunciou igualmente o congelamento das relações com a vizinha Colômbia.

«É como o caso de Espanha. Até que o rei de Espanha se desculpe, eu congelo as relações com Espanha, porque aqui há dignidade... dignidade», frisou Chávez, que continua a reafirmar, desde a cimeira Ibero-americana, em Santiago do Chile, que Juan Carlos lhe deve pedir desculpa por o ter interpelado com «porque é que não te calas» quando o presidente venezuelano insistia em interromper o primeiro-ministro espanhol, José Luís Zapatero, acusando o anterior chefe do governo de Madrid, José Maria Aznar de «fascista».

Na cerimónia realizada hoje em Maracaíbo, 700 quilómetros a Oeste de Caracas e a apenas 30 quilómetros da fronteira com a Colômbia, Chávez anunciou que tinha decidido congelar as relações com Bogotá, na sequência da anulação pelas autoridades colombianas do seu mandato de mediação na questão dos reféns da guerrilha colombiana.

«Declaro ao mundo que coloco as relações com a Colômbia no congelador. Já não acredito em ninguém no governo colombiano», disse Chávez.

No sábado, Hugo Chávez tinha já declarado que se sentia «traído» pela decisão de Álvaro Uribe em lhe retirar a mediação no conflito que opõe Bogotá à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbias (FARC), designadamente no processo para a troca entre 500 guerrilheiros presos e um grupo de 45 reféns, entre as quais a franco-colombiana Ingrid Betancourt e três norte-americanos, um deles luso-americano.

A decisão (de Uribe) «vai afectar as relações bilaterais», sentenciou então Chávez.
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