Governo: o pior já passou - TVI

Governo: o pior já passou

  • Portugal Diário
  • 6 jan 2008, 14:49
Conselho de Ministros Informal (foto RICARDO OLIVEIRA / GPM / LUSA)

Teixeira dos Santos garante «défice abaixo dos 3 por cento» e o maior crescimento dos últimos anos. Impostos não baixam, mas não há «novos sacríficios». Governo não decidiu sobre referendo ao Tratado de Lisboa. Sócrates acredita que «2008 será «ainda melhor» que 2007 Saiba o que o Governo reserva para 2008

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Actualizado às 18:32

José Sócrates disse este domingo ter «todos os motivos» para acreditar que este ano será «ainda melhor» que 2007 para os portugueses, no final da actuação de um grupo musical que foi cantar as Janeiras ao primeiro-ministro, escreve a Lusa.

Na residência oficial do primeiro-ministro, em S. Bento, José Sócrates recebeu do Grupo Típico Cancioneiro de Águeda os votos de feliz Ano Novo, e ofertas como um leitão assado, espumante e doces tradicionais.

Depois de ouvir as quadras alusivas ao Dia de Reis, José Sócrates enalteceu «uma das bonitas tradições portuguesas» e afirmou que, enquanto primeiro-ministro, tinha «todos os motivos» para acreditar que o ano de 2008 vai ser melhor que o de 2007, sem no entanto os precisar.

«São bem-vindos, esses votos, bem precisamos deles. Em todos estes anos [desde que foi eleito, em 2005] sempre pude dizer que o ano que começa agora foi melhor que o ano anterior. Foi assim em 2005, foi assim em 2006 e tenho todos os motivos para vos dizer que o ano de 2008 será ainda melhor que o de 2007», disse.

Sócrates, que presidiu esta manhã a uma reunião informal do conselho de ministros, - da qual não falou - abriu depois as portas da residência oficial para «oferecer alguma coisa de comer» ao Grupo Típico Cancioneiro de Águeda.

«Défice abaixo dos três por cento»

O Ministro das Finanças anunciou que «2007 foi um ano decisivo no esforço de correcção da situação financeira do país». Durante uma interrupção, por volta da hora do almoço, na reunião extraordinária do Conselho de Ministros que se realizou este domingo, Teixeira dos Santos garantiu que o défice orçamental de 2007 vai ficar abaixo dos 3 por cento e anunciou ainda «um crescimento económico atingirá o valor mais alto dos últimos anos», acima dos 1,8 por cento que o Governo tinha previsto.

Teixeira dos Santos afirmou também que a economia criou empregos nos últimos anos e que agora devem melhorar-se as condições de vida, combatendo as desigualdades. «Portugal está no bom caminho», garantiu o ministro.

No entanto, o responsável diz que «não estamos ainda numa situação orçamental que nos permita qualquer redução de impostos, a isso obriga o rigor financeiro. Mas assegurou que mais nenhuma medida será acrescentada às já tomadas para assegurar a melhoria das contas públicas, afastando a perspectiva de «novos sacríficios».

O conselho de ministros discutiu ainda o «tema do referendo» ao Tratado de Lisboa, mas nenhuma decisão foi tomada, disse o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos.

«O tema do referendo foi suscitado e debatido e continuará a ser debatida ao longo desta reunião. Não há qualquer decisão», afirmou Teixeira dos Santos, em conferência de imprensa no intervalo da reunião do conselho de ministros, que se realizou na residência oficial do primeiro-ministro, em S. Bento.

Os ministros «procederam a uma primeira troca de impressões e opiniões» sobre a matéria, afirmou Teixeira dos Santos, o único governante presente na conferência de imprensa.
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