«O dia da raça dos portugueses está correctíssimo» - TVI

«O dia da raça dos portugueses está correctíssimo»

Cavaco em Viana

Líder do PNR diz que frase de Cavaco só é entendida como gaffe por estarmos «dominados por uma política cultural de esquerda»

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O líder do Partido Nacional Renovador (PNR) afirmou esta terça-feira que a expressão «dia da raça» utilizada pelo Presidente da República só é considerada gaffe porque estamos «dominados por uma ditadura cultural de esquerda», escreve a Lusa.

«Nós, nacionalistas, com certeza que a ouvimos com muito gosto», disse José Pinto Coelho, líder do PNR, a propósito das declarações feitas pelo Presidente da República, Cavaco Silva, que se referiu ao 10 de Junho como «dia da raça».

A expressão «dia da raça», utilizada pelo presidente para se referir ao Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, e que foi entendida como uma gaffe, está conotada com os valores do antigo regime, tendo caído em desuso com o 25 de Abril e o fim do Estado Novo.

«Há que ter orgulho na nação portuguesa, no seu povo, e portanto aplica-se muito bem o dia da raça portuguesa. É algo que é um elogio, não é nenhuma ofensa para ninguém. É um orgulho legítimo que temos de ser portugueses», afirmou Pinto Coelho durante a manifestação do seu partido, que esta tarde levou do Largo Camões aos Restauradores, em Lisboa, cerca de 200 nacionalistas.

Cavaco omite o «dia da raça»

«Estamos dominados por uma ditadura cultural de esquerda há várias décadas que impõem um estilo próprio, uma ditadura do politicamente correcto e tudo o que não lhes soa bem é considerado uma gaffe, é considerado incorrecto», declarou.

«Para nós é correcto. Ter orgulho nacional não é ofender ninguém, não é desprezar os outros, é amar aquilo que é nosso. Portanto, o dia da raça dos portugueses está correctíssimo», acrescentou Pinto Coelho, que encabeçava a manifestação, segurando uma faixa onde se podia ler um excerto do hino nacional: «nação valente e imortal».

Sobre os motivos que levaram o dirigente do PNR e cerca de 200 simpatizantes a manifestarem-se em Lisboa, José Pinto Coelho apontou, para além da própria data que hoje se celebra, o facto de considerar que «a pátria está a ser despedaçada, aniquilada, diluída».

«A pátria grita por todos os lados, a pátria está a ser despedaçada, aniquilada, diluída de uma forma traidora e ignóbil através do Tratado de Lisboa. O interior está a ficar desertificado, os serviços são encerrados sistematicamente», declarou Pinto Coelho.

Caminhando atrás do líder do partido e, erguendo cartazes evocativos de figuras nacionais como Salazar, Camões, Fernando Pessoa ou Afonso Henriques, os manifestantes gritavam palavras de ordem, focando outros problemas sociais como o desemprego, o preço dos combustíveis, ou o endividamento das famílias.
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