Jardim diz que «o país enlouqueceu» - TVI

Jardim diz que «o país enlouqueceu»

Alberto João Jardim

Líder madeirense desafiou os estudantes a enfrentarem o futuro com a «coragem e ousadia que neste momento está a faltar a Portugal»

Relacionados
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou esta sexta-feira que «o país enlouqueceu» e precisa de «coragem e ousadia».

Durante a cerimónia de entrega de bolsas de estudo da Fundação Social Democrata da Madeira a cerca de 300 estudantes da região, Jardim desafiou os estudantes a enfrentarem o futuro com a «coragem e ousadia que neste momento está a faltar a Portugal».

«Estão a tomar decisões que vão falhar porque o próprio enquadramento legal, a estrutura do Estado não funciona e é preciso mudar o país antes que bata no fundo», declarou o presidente regional, referindo-se aos anos que diz ter passado «a dizer que o sistema político português não funciona», citado pela agência Lusa.

João Jardim culpou ainda a «arrogância de Lisboa» por ter permitido que o país «chegasse a uma situação em que é o país depois da Grécia e, nalguns casos, pior do que a Grécia, com a pior situação da Europa», considerando ainda que o «povo continua a ser enganado» devido a «uma grande máquina de propaganda montada a nível da televisão».

No parecer de Jardim, o essencial neste momento é «saber se o país tem condições para funcionar. O que é preciso mudar neste país para ele funcionar», rejeitando, assim, a atenção dada a «crises e orçamentos».

«A minha opinião é que o país enlouqueceu: dizer que os tipos que nos meteram num buraco é que vão salvar a Pátria e a gente tem de ajudá-los, ou estão a gozar comigo ou sou eu que sou burro e não percebo o que estão dizendo», rematou João Jardim no discurso dirigido aos estudantes.

O discurso terminou com a promessa de que a Fundação Social democrata madeirense vai continuar a esforçar-se «para manter o mesmo numero de bolsas nos anos anteriores, concedida durante por 9 meses, de Outubro a Junho», apesar da conjuntura económica difícil.
Continue a ler esta notícia

Relacionados