PSD/Governo: «Não há divergências de fundo» - TVI

PSD/Governo: «Não há divergências de fundo»

XXX Congresso do PSD - Foto Nuno Veiga/Lusa

Reunião de 75 minutos entre Sócrates e Ferreira Leite termina com concordância de posições

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A presidente do PSD manifestou-se esta terça-feira contra uma redução dos impostos sobre os combustíveis como forma de Portugal e a Europa travarem a escalada do aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais. A posição de Manuela Ferreira Leite foi manifestada após ter sido recebida pelo primeiro-ministro, José Sócrates, em São Bento, encontro que se destinou a preparar a agenda da próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, quinta e sexta-feira. O encontro demorou 75 minutos, mais meia-hora que o previsto.

«Foi uma reunião esclarecedora, sobre a qual o PSD também transmitiu as suas posições. Mas devo dizer que não existem divergências de fundo entre as posições do PSD e as do Governo português», sintetizou a líder social-democrata.

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Falando sobre a estratégia que a UE deverá adoptar em termos de política energética, a líder social-democrata começou por referir que, para o aumento dos preços da energia, «provavelmente, ninguém ainda tem uma resposta neste momento». «Defendo que a UE, como um todo, deve ter alguma proposta no sentido de minimizar os problemas com os quais se confronta», disse.

Interrogado sobre uma eventual decisão para uma descida dos impostos, Manuela Ferreira Leite recusou-a. «Não creio que a redução dos impostos seja a solução para um problema de escassez de matérias-primas e não de incentivo ao seu consumo», sustentou.

Tratado de Lisboa: Ferreira Leite concorda com Sócrates

A presidente do PSD afirmou-se de acordo com o Governo sobre as vias para contornar o «não» no referendo na Irlanda, dizendo que o processo de ratificação do Tratado de Lisboa deverá continuar na EU.

A audiência com José Sócrates, que se destinou a preparar a agenda do próximo Conselho Europeu, quinta e sexta-feira, prolongou-se por 75 minutos, mais meia hora do que o tempo inicialmente previsto.

No que respeita à agenda da próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo, Manuela Ferreira Leite disse que «todos nós lamentamos que seja mais dominada sobre as consequências do referendo irlandês do que sobre o tema que está na ordem do dia, que tem a ver com o preço da energia».

Nas declarações que fez aos jornalistas, Manuela Ferreira Leite recusou-se a propor para já soluções para contornar a rejeição do Tratado de Lisboa na Irlanda. «Posso ter uma opinião sobre o assunto, mas estamos perante uma matéria complexa. Vamos esperar, nomeadamente pela posição do Governo irlandês», começou por referir a líder social-democrata.
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