«Não entendo a utilidade do prefácio» - TVI

«Não entendo a utilidade do prefácio»

Seguro não percebe para que devem os portugueses lê-lo, como aconselhou Cavaco Silva que fizessem

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O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou não entender «a utilidade para o país do prefácio» do Presidente da República, Cavaco Silva, como este pediu os portugueses.

«Não entendo a utilidade para o país do prefácio no caso concreto das críticas que foram objeto de análise pública por parte do Presidente da República», afirmou Seguro à saída de uma visita ao IPATIMUP, que marcou o arranque de uma semana dedicada pelos socialistas à Saúde.

O Presidente da República aconselhou os portugueses a lerem «na íntegra» o prefácio onde acusa o antigo primeiro-ministro José Sócrates de falta de lealdade institucional para conhecerem «o verdadeiro texto e não serem contaminados por eventuais desinformações».

«Eu convido os portugueses a lerem na íntegra aquilo que eu escrevi, é fácil, não são muitas páginas, consta por uma razão de transparência no site da Presidência da República, www.presidencia.pt, porque aí podem conhecer o verdadeiro texto e, portanto, não serem contaminados por eventuais desinformações», afirmou Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita ao navio-escola Sagres e à fragata Côrte-real.

O chefe de Estado recomendou igualmente a leitura do artigo 201 da Constituição, onde, disse, é referido que «o primeiro-ministro tem que informar o Presidente da República de todos os assuntos respeitantes à condução da política interna e externa do país».

No prefácio do livro «Roteiros VI», que reúne as suas principais intervenções públicas, Cavaco Silva tece várias considerações sobre a postura do ex-primeiro-ministro José Sócrates, criticando não ter sido «previamente informado sobre o conteúdo ou sequer da existência do PEC IV» tendo por isso ficado «impedido de exercer a sua magistratura de influência com vista a evitar o deflagrar de uma crise política».

« Tratou-se de uma falta de lealdade institucional que ficará registada na história da nossa democracia. O Presidente da República, nos termos constitucionais, deve ser informado acerca de assuntos respeitantes à condução da política interna e externa do País», acusou Cavaco Silva.
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