Belmiro de Azevedo contra Mário Lino - TVI

Belmiro de Azevedo contra Mário Lino

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O empresário Belmiro de Azevedo afirmou hoje, no Porto, que não acredita que haja qualquer abertura do ministro das Obras Públicas, Mário Lino, para mudar a localização do novo aeroporto de Lisboa.

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Para Belmiro de Azevedo, que falava à margem da sessão de encerramento do programa de valorização do conhecimento de base tecnológica COHitec, a decisão de adiar por seis meses a questão do aeroporto de Lisboa não representa qualquer mudança.

«Tal como não acredito em conversões religiosas de um dia para o outro, também não acredito que o ministro, depois de meses de posição inamovível e de ter mesmo afirmado o seu compromisso pessoal com a solução Ota, tenha mudado de posição de um dia para o outro», afirmou o empresário.

O presidente do grupo Sonae considera «inadmissível» que um ministro possa falar de uma questão como a localização do futuro aeroporto de Lisboa como «um compromisso pessoal», porque se trata de uma questão de Estado e «um ministro não pode ter posições pessoais em questões de Estado».

«Não é admissível, sequer, que um administrador de empresa assuma posições pessoais quanto a questões que digam respeito à sua empresa sem ouvir os accionistas, muito menos que um ministro o faça sem ter em conta a opinião do povo», acrescentou.

Para Belmiro de Azevedo, a primeira obrigação do ministro das Obras Públicas é «considerar todas as alternativas possíveis», para poder decidir com objectividade, independentemente das suas posições pessoais sobre a matéria.

O empresário referiu já ter recebido uma proposta do presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, relativamente a um novo estudo de viabilidade para a opção de manter o Aeroporto da Portela, complementado por outro aeroporto mais pequeno para as companhias «low cost», a chamada opção «Portela mais um», mas referiu que ainda não teve tempo de a ler.

Quanto à possibilidade de contribuir para o financiamento desse estudo, Belmiro de Azevedo evitou responder, mas acabou por dizer, a rir, que tem «muitas mais coisas para fazer», antes disso.
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