Durante o debate mensal no Parlamento, o líder do principal partido da oposição, Luís Marques Mendes, disse que, de acordo com a sua proposta, que ainda não foi oficialmente apresentada, passa por um novo modelo misto, em que os trabalhadores descontam para uma conta privada com o objectivo de garantir as suas pensões, e em que o sistema público de Segurança Social complementa.
Este sistema misto seria de aplicação obrigatória a todos quantos entrem de novo no mercado de trabalho e também aos trabalhadores independentes com idade igual ou inferior a 35 anos. Para os trabalhadores por conta de outrem com idade igual ou inferior a 35 anos, este modelo misto será de aplicação voluntária, ou seja, opcional.
O PSD estima que o montante dos descontos que será afecto a uma conta individual de cada trabalhador é de 6% (do rendimento). Essa conta «será feita num fundo público, que existirá obrigatoriamente, ou num fundo privado. É o trabalhador que decide se quer escolher um ou outro», disse Marques Mendes.
O ponto mais polémico da proposta é a estimativa de necessidades de financiamento do período de transição. Segundo o PSD, para que não haja redução de pensões, essas necessidades de financiamento serão asseguradas pelo Fundo de Estabilização da Segurança Social e pelo recurso a dívida pública de longo prazo, sendo que, neste caso, nunca em valor superior a 9 mil milhões de euros ao longo de todo o período de transição.
José Sócrates considerou estes números «um embuste».
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Pensões: transferência de 6% do rendimento para conta privada
- Paula Martins
- 27 set 2006, 16:20
![PSD propõe acordo para a reforma da Seg. Social](https://img.iol.pt/image/id/2224124/1024.jpg)
O PSD concretizou esta quarta-feira algumas das linhas gerais da sua proposta de reforma da Segurança Social.
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