OE2009: Teixeira dos Santos quer debate sobre dificuldades em 2009 - TVI

OE2009: Teixeira dos Santos quer debate sobre dificuldades em 2009

Teixeira dos Santos

Ideia de «força» tem de estar sempre presente no debate

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O ministro das Finanças apelou esta segunda-feira aos deputados do PS para que centrem o debate sobre o Orçamento do Estado (OE) nas dificuldades económicas que esperam ao país em 2009, em consequência da crise financeira internacional, avança a agência «Lusa».

Falando na abertura das Jornadas Parlamentares do PS, em Aveiro, Teixeira dos Santos disse que «há uma ideia de força que terá de estar presente em todo o debate» da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2009.

«Este orçamento não ignora as dificuldades que vivemos, mas enfrenta-as», começou por dizer, alegando que os problemas já existentes nas economias que rodeiam a portuguesa afectam também a conjuntura económica nacional.

«Já sentimos que as dificuldades da situação internacional estão a afectar-nos em 2008. E essas dificuldades não vão passar com um passe de mágica. Essas dificuldades vão continuar a estar presentes e o Governo tem a responsabilidade de ajudar os portugueses», declarou Teixeira dos Santos.

O ministro de Estado e das Finanças defendeu depois a ideia que o Governo tem um histórico de credibilidade para enfrentar a actual crise internacional, após três anos de redução do défice.

«Nos três anos anteriores a prioridade fundamental foi a redução do défice-prioridade que agora se provou acertada. Foi essa correcção do défice orçamental que nos permite agora estar em condições para dar resposta às exigências que a crise internacional nos coloca», advogou o membro do Governo.

Défice excessivo sairia caro

Teixeira dos Santos foi mesmo mais longe, sustentando que, se o executivo não tivesse corrigido o défice para os actuais 2,2 por cento Portugal «pagaria um preço altíssimo».

«Se o País estivesse em défice excessivo, isso traduzir-se-ia em dificuldades sérias de financiamento e em financiamento mais caro para as empresas e famílias. As famílias queixam-se dos níveis dos juros provocados pela crise nos mercados financeiros, mas os juros elevar-se-iam bem mais se a indisciplina do Estado permanecesse», defendeu.

Na sua intervenção, o ministro de Estado e das Finanças respondeu também a quem tem colocado dúvidas sobre o cenário macroeconómico traçado pelo Governo para o próximo ano, aceitando, no entanto, que o exercício orçamental do executivo foi definido «num quadro de incerteza».

«E essa incerteza vai permanecer (em 2009). Mas há uma certeza que tenho: em momentos anteriores de incerteza, o Governo não claudicou em honrar os compromissos assumidos com os portugueses», sustentou.

De acordo com Teixeira dos Santos, «este Orçamento não esconde que para o ano Portugal vai crescer menos e, como tal, há necessidade de tomar medidas de auxílio para as empresas e às famílias».

Neste contexto, o ministro das Finanças salientou a ideia de que o exercício de «rigor» da execução do orçamento em 2009 não será fácil, porque se trata de manter um défice em 2,2%, com uma previsão baixa de crescimento, 0,6%.
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