O presidente da Junta de Freguesia de Souselas, Coimbra, lamentou esta quinta-feira a «falta de informação» sobre o início do processo co-incineração de resíduos industriais perigosos (RIP) na fábrica local de cimento da Cimpor, refere a Lusa.
João Pardal afirmou que se trata de uma atitude da empresa «de desconsideração e desprezo pela freguesia», ao arrancar com o processo sem dar conhecimento à Junta de Freguesia.
«Há aqui um princípio de direito à informação que não foi cumprido. Só soubemos do início da queima de resíduos depois de termos solicitado esta tarde informações à Cimpor», explicou o autarca social-democrata.
Co-inicneração veio para ficar
Providência cautelar para suspender co-incineração
O director de comunicação da Cimpor, Raul Caldeira, confirmou esta tarde o início do processo de valorização dos RIP no Centro de Produção de Souselas.
Sem revelar a data do início do processo, Raul Caldeira remeteu o essencial da informação do grupo sobre o assunto para um comunicado publicado hoje, às 17:26, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
«Depois de verificadas todas as condições necessárias ao seu licenciamento, a fábrica da Cimpor, em Souselas, iniciou o processo de valorização dos Resíduos Industriais Perigosos», refere a nota.
Assegurando que «todas as emissões são rigorosamente monitorizadas», explica que «o processo de preparação é realizado e empresas licenciadas de gestão de resíduos, ao abrigo de licenças ambientais existentes».
A Cimpor adianta que os resíduos a queimar em Souselas passarão a ser preparados nos centros integrados de valorização dos RIP, os denominados CIRVER, «logo que estes estejam operacionais».
Co-incineração começou em Souselas
- Redação
- 21 fev 2008, 20:50
Presidente da Junta lamenta «falta de informação» sobre o processo
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