Transtejo e Soflusa em greve - TVI

Transtejo e Soflusa em greve

  • Portugal Diário
  • 22 ago 2007, 17:59
Tejo

Administração das empresas acredita que paragem não afectará ligações fluviais

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Os sindicatos da Transtejo e da Soflusa entregaram um pré-aviso de greve, para quinta-feira e por tempo indeterminado, caso a administração «requisite tripulações e barcos entre as empresas», afirmou o dirigente sindical António Alves, escreve a Lusa.

No entanto, a administração da Transtejo e da Soflusa esclarece que o pré-aviso de greve apresentado pela totalidade dos sindicatos representantes dos trabalhadores, «não terá qualquer efeito prático nas ligações fluviais» entre as margens do rio Tejo, em Lisboa.

A responsável sustentou que os «utentes da Transtejo e Soflusa nada notarão» e que as ligações irão ser efectuadas com «tudo perfeito e no normal funcionamento».

O responsável do Sindicato dos Trabalhadores Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante reconheceu que «os requisitos deste pré-aviso de greve não são tradicionais», dado que só existirá greve caso as empresas accionem o protocolo de «transferência de tripulações e de barcos entre as empresas».

António Alves revelou ainda que os funcionários das duas transportadoras fluviais vão fazer, quinta-feira, «oito buzinões» com os «barcos atracados nos cais, com duração de 30 segundos cada», com início às 7:00 e intervalos de uma hora até às 10:00 da manhã.

«Durante a tarde, entre as 17:00 e as 20:00, repetem o protesto sonoro, com o objectivo de alertar a população para a situação vivida pelos trabalhadores, da Soflusa e Transtejo», acrescentou o dirigente sindical.

Processos disciplinares

Os trabalhadores das duas empresas recusam fazer horas extras e trabalho suplementar, por tempo indeterminado, desde 30 de Maio deste ano, quando levaram a cabo uma greve.

Desta acção resultaram, segundo António Alves, 86 processos disciplinares, «em virtude de ter sido decretada a requisição de 80 por cento dos trabalhadores pelo Conselho Económico e Social» por forma assegurarem o equivalente a «20 por cento das ligações, entre as margens do Tejo», disse o sindicalista.

A fonte da administração das duas empresas adiantou que os processos disciplinares surgiram por causa de «faltas injustificadas ao trabalho» dos trabalhadores, «estando os processos a decorrer de acordo com o parâmetros legais».

Os sindicatos recusam estas acusações alegando que alguns trabalhadores não souberam da requisição em tempo útil.

«As empresas agiram fora dos prazos legais, previstos para instaurar as notas de culpa», sustentam os sindicalistas.
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