Ministro da Justiça refuta críticas de Maria José Morgado - TVI

Ministro da Justiça refuta críticas de Maria José Morgado

Alberto Costa

Magistrada considera que «em Portugal há um tabu político em relação ao combate à corrupção»

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O ministro da Justiça, Alberto Costa, refutou esta sexta-feira as críticas da procuradora-geral adjunta Maria José Morgado sobre a atitude da classe política relativamente ao combate à corrupção, defendendo que os políticos têm dado «um contributo importante» nesta matéria, noticia a agência Lusa.

Em entrevista à Agência Lusa, na quinta-feira, a directora do Departamento e Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa considerou que «em Portugal há um tabu político em relação ao combate à corrupção», embora admitindo que existem políticos «com apego ao combate» a este crime.

«Tenho a consciência de que os políticos, os responsáveis, têm dado um contributo importante para que a matéria seja cada vez mais debatida e, sobretudo, enfrentada», afirmou esta sexta-feira Alberto Costa, no Luxemburgo, à entrada para um conselho de ministros da Justiça da União Europeia, quando questionado sobre as palavras de Maria José Morgado.

O ministro sustentou que «há muitas dezenas de anos que no mundo parlamentar, no mundo político e no mundo judicial se debate, se aprofunda esta matéria e se aprova iniciativas legislativas», e recordou o seu próprio contributo.

«Eu fui parlamentar durante muitos anos, assumi várias iniciativas, várias propostas, também organizei colóquios parlamentares», afirmou, para de seguida enumerar também algumas das «imensas medidas» que considera que o actual governo já tomou no quadro do combate à corrupção.

O ministro apontou como exemplo que «foram aprovadas leis contra a corrupção desportiva, a corrupção no comércio internacional, a corrupção no sector privado, e foram aprovadas medidas legislativas para proteger as testemunhas em processos envolvendo crimes de corrupção».

«Todos estamos a fazer o nosso trabalho e creio sobretudo que é preciso uma atmosfera de cooperação, de entreajuda, em que cada parte faça o que tem a fazer contra a corrupção», concluiu.
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