A acusação de burla e falsificação de documentos é insultuosa, considera José Pedro Ramalho, arguido no processo dos submarinos e presidente do conselho de administração da Simoldes.
O arguido declarou perante o juiz de instrução Carlos Alexandre que a Comissão Permanente de Contrapartidas (CPP) no negócio da compra de dois submarinos por parte do Estado português ao consórcio alemão German Submarine Consortium «não exerceu o seu papel de fiscalizador», relata a Lusa.
«A CPC nunca fez fiscalização, nem se disponibilizou para visitar as empresas», disse José Pedro Ramalho, acrescentando que esta foi «perfeitamente ausente» durante todo o processo.
O contrato entre a CPC e a Ferrostaal (empresa que pertence ao consórcio alemão) foi feito por Luís Palma Féria, presidente da comissão executiva da Aceci (agrupamento de empresas portuguesas do sector automóvel), explicou o arguido.
Antes de morrer em Outubro de 2007, Luís Palma Féria revelou que o consórcio seria o vencedor.
José Pedro Ramalho acredita que à Ferrostaal falta «foco na actividade e que devia ter especialistas a trabalhar».
Assim justifica a frase que consta no processo em que acusa a Ferrostaal de não estar a fazer nada.
«A listagem das facturas entregues à CPC é verdadeira», respondeu o arguido à acusação de sobreposição de facturas, dizendo sentir-se «verdadeiramente insultado».
A fase de instrução recomeça durante a tarde com a audição de António Lavrador Jacinto.
Submarinos: Presidente da Simoldes sente-se «insultado»
- tvi24
- PVM
- 27 abr 2010, 15:36
Começou hoje fase de instrução do processo dos submarinos. José Pedro Ramalho, arguido e presidente do conselho de administração da Simoldes, queixa-se da falta de fiscalização da Comissão das Contrapartidas
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