Gripe continua a aumentar, mas portugueses recorrem menos às urgências - TVI

Gripe continua a aumentar, mas portugueses recorrem menos às urgências

Centro de Saúde dos Olivais (Foto Lusa/Manuel de Almeida)

Registou-se descida acentuada na procura de serviços de urgência na véspera e dia de Ano Novo

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A taxa de incidência da gripe continua a aumentar, mas os portugueses estão a recorrer menos às urgências dos centros de saúde e hospitais, disse esta sexta-feira à Lusa um responsável da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o coordenador do dispositivo da DGS para a monitorização dos serviços de urgência, Mário Carreira, registou-se uma descida acentuada na procura dos serviços de urgência na véspera e dia de Ano Novo, em relação aos dias anteriores.

Até ao dia 31 de Dezembro, os atendimentos diários nas urgências situavam-se na ordem dos 28/30 mil, à excepção da passada sexta-feira, que atingiu os 37 mil.

Na quarta-feira, registaram-se 20.863 episódios, dos quais 11.899 nos centros de saúde e 8.964 nos hospitais.

No dia de Ano Novo, esse número aumentou para 22.761, dos quais 11.063 doentes procuraram os hospitais e 11.698 os centros de saúde.

Apesar de estar previsto para hoje um aumento de afluência aos estabelecimentos de saúde, como é habitual no dia 02 de Janeiro, os dados provisórios e qualitativos apontam para uma «situação calma», adiantou Mário Carreira.

O responsável explicou que para esta situação poderá ter contribuído o facto de ser sexta-feira e as pessoas terem feito «ponte» e estarem fora do seu local habitual.

Simultaneamente, o dispositivo que está montado tem ajudado a dar resposta, adiantou Mário Carreira, acrescentando que não lhe parece que vá ser um dia complicado.

O responsável da DGS sublinhou que a «taxa da incidência da gripe continuou a aumentar toda a semana», mas isso não se reflectiu nas urgências.

Mário Carreira afirmou que as pessoas ouviram a informação que lhes foi prestada pelas autoridades de saúde, o que as acalmou, permitindo-lhes ter uma reposta adequada sem terem de recorrer em primeira instância às urgências.

Outra explicação apontada pelo responsável é os centros de saúde terem aumentado a sua produção corrente, podendo os portugueses recorrer ao médico de família. «Os doentes só aparecem nas estatísticas se recorrerem às urgências dos centros de saúde e hospitais».
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