Wikileaks: Marinho Pinto diz que revelações «não têm grande interesse» - TVI

Wikileaks: Marinho Pinto diz que revelações «não têm grande interesse»

Marinho Pinto

«Diplomacia está para os Estados como a vida íntima está para as pessoas», bastonário dos Advogados

Relacionados
O bastonário da Ordem dos Advogados (OA) considerou esta quinta-feira que as últimas revelações do Wikileaks, designadamente sobre Portugal, «não têm grande interesse público», embora satisfaçam «muita curiosidade» e isso seja «muito bom para os jornais», noticia a Lusa.

O bastonário sublinhou o «papel importante» que a Wikileaks teve em revelar «violações gravíssimas dos Direitos Humanos em cenários de guerra», mas que nos casos em apreço «não tem tanta relevância quanto isso».

Marinho Pinto, que havia sido confrontado com as revelações da Wikileaks sobre alegados voos da CIA em Portugal, caso «Madeleine McCann» e procura de negócio do BCP no Irão, observou que os Estados têm de aprender a lidar com esta questão da «transparência» e «criar mecanismos que protejam aquilo que deve ser protegido».

«A diplomacia está para os Estados como a vida íntima está para as pessoas. Portanto, os Estados têm de saber proteger os seus segredos diplomáticos, militares e de Estado», argumentou, salientando, contudo, que quando isso «não acontece não podem vir querer calar as pessoas que tiveram conhecimento» desses segredos.

«Não se pode matar o mensageiro porque a notícia não é boa», frisou Marinho Pinto, apontando que a preocupação dos Estados devia ser saber quem dentro do Estado passou tais informações, violando os seus deveres.
Continue a ler esta notícia

Relacionados