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Casa Pia: Pedroso depõe como testemunha

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Esteve detido, não foi a julgamento, mas continua a ser referenciado

O antigo deputado socialista e ex-ministro Paulo Pedroso, que chegou a estar preso preventivamente no âmbito do processo de pedofilia da Casa Pia, vai depor hoje como testemunha no Tribunal de Monsanto.

A juíza que preside ao colectivo, Ana Peres, aceitou em Dezembro de 2005 o pedido dos advogados da Casa Pia para que Paulo Pedroso fosse ouvido em tribunal, como testemunha.

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Os advogados da Casa Pia justificaram então o pedido com o facto de Paulo Pedroso ter sido ministro com a tutela da Casa Pia, pelo que pretendiam saber se este, enquanto governante, alguma vez teve conhecimento de casos de pedofilia envolvendo alunos da instituição.

Os advogados da instituição justificaram também, na altura, a audição de Paulo Pedroso porque este chegou a ser arguido no processo de abusos sexuais e o seu nome foi algumas vezes referenciado em tribunal, por testemunhas/vítimas, como estando no rol de abusadores.

Fontes ligadas ao processo disseram, entretanto, à Lusa que os advogados da Casa Pia prescindiram de ouvir Paulo Pedroso como sua testemunha, mas como este foi também arrolado por advogados de defesa, nomeadamente Ricardo Sá Fernandes, defensor do apresentador de televisão Carlos Cruz, irá depor.

O ex-deputado socialista, envolvido no processo em Maio de 2003, esteve preso preventivamente cinco meses e foi acusado de 23 crimes de abuso sexual de crianças. Porém, a juíza de instrução, Ana Teixeira e Silva, decidiu que as provas não eram suficientemente fortes para o levar a julgamento.

O Ministério Público recorreu da decisão da juíza, mas o Tribunal da Relação manteve a decisão de não o levar a julgamento. Afastado definitivamente do processo, Paulo Pedroso processou o Estado por prisão ilegal, alegando «desrespeito pelas regras do sistema judicial por parte de quem conduziu a investigação».

O ex-deputado afirmou-se «humilhado, ofendido, moralmente violentado» e considerou-se alvo de «uma perseguição que passou por uma prisão já declarada ilegal» e uma acusação que «nunca deveria ter existido».

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