O deputado do PS Manuel Alegre questionou esta quarta-feira o Governo sobre as mudanças na empresa Estradas de Portugal, dizendo temer «uma espécie de neo-feudalismo, sob a forma de privatização encapotada».
Em declarações à agência Lusa, «é inusitado um prazo tão longo, sejam 92 ou 75 anos, para a outorga da concessão da rede viária nacional» à empresa Estradas de Portugal, que foi transformada pelo actual Governo em Sociedade Anónima.
«Parece assim algo temerário comprometer o futuro a tão longo prazo, numa matéria que faz parte da esfera de um dos mais antigos serviços públicos que o Estado teve obrigação de proporcionar aos cidadãos», considera.
As considerações e questões colocadas por Manuel Alegre constam de um requerimento entregue hoje no Parlamento, dirigido ao Ministério das Obras Públicas.
No documento, o ex-candidato independente a Presidente da República interroga: «Não estaremos a regressar a uma espécie de neo-feudalismo, sob a forma de privatização encapotada das Estradas de Portugal?»
Alegre pergunta «que garantias têm os cidadãos» de que a agora Estradas de Portugal S.A. (EPSA) «não se arrisca a ficar dependente de accionistas privados» e «quem defenderá o direito à livre circulação nas estradas nacionais».
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Alegre teme «neo-feudalismo»
- Portugal Diário
- 21 nov 2007, 13:57
![Alegre discursa](https://img.iol.pt/image/id/265993/1024.jpg)
O deputado questiona o Governo sobre as mudanças na empresa Estradas de Portugal
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