Portas defende reforço dos meios da ONU na Síria - TVI

Portas defende reforço dos meios da ONU na Síria

Paulo Portas

Ministro dos Negócios Estrangeiros assumiu posição em Bruxelas

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O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu esta segunda-feira em Bruxelas a necessidade de reforço do controlo internacional na Síria, considerando que os meios da missão das Nações Unidas no terreno são manifestamente insuficientes para controlar a situação.

Paulo Portas falava à saída de uma reunião dos chefes de diplomacia da União Europeia, na qual os 27 adotaram um novo pacote de sanções, o 15.º, contra o regime de Damasco, ao incluírem mais pessoas e empresas nas listas de indivíduos ou entidades proibidos de entrar em espaço europeu e cujos bens serão «congelados».

Lamentando a demora com que a comunidade internacional decidiu agir, Portas ressalvou que «isso aconteceu não por responsabilidade dos países europeus (...). Portugal foi um dos que mais lutou para que a resolução do Conselho de Segurança (da ONU) tivesse acontecido muito antes».

«A verdade é que, como se pode ver todos os dias através da televisão, as circunstâncias em que a missão das Nações Unidas está a exercer as suas funções são difíceis e insuficientes. Desde que a missão entrou na Síria há uma certa redução do número de mortos por dia, mas, como hão-de imaginar, isto não é propriamente uma mudança otimista, é apenas uma redução do mal que aquele regime está a fazer às suas populações», observou.

Além do mais, apontou, torna-se evidente que, assim que as Nações Unidas abandonam uma localidade, a violência regressa imediatamente.

O ministro recordou que «houve vários países, Portugal um deles, que consideraram que provavelmente uma missão de 300 observadores é insuficiente no terreno para poder controlar uma situação muito dificilmente controlável».

Paulo Portas manifestou-se também particularmente preocupado com «a emergência cada vez mais frequente de atos terroristas que implicam logística e financiamento, e cujas relações do ponto de vista dos grupos terroristas é preciso apurar».

Em suma, disse, ficou expressa na reunião de hoje em Bruxelas, relativamente à Síria, «muitíssima preocupação, a mesma e firme condenação, e uma vontade de reforçar os meios de controlo internacional», para acudir ao «desespero da população», que sofre com uma repressão constante por parte do regime «já lá vai quase um ano».
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