Ferreira Leite só quer que Sócrates saia - TVI

Ferreira Leite só quer que Sócrates saia

«Eu não ando à procura de um outro primeiro-ministro, eu ando à procura que o engenheiro Sócrates saia de primeiro-ministro», disse, ao lado de Passos Coelho

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Depois de em 2009, enquanto líder do PSD não ter convidado Pedro Passos Coelho para integrar as listas do partido, Manuela Ferreira Leite, entrou agora na campanha do PSD, ao lado do actual líder laranja, mas confessou que o seu grande objectivo nestas eleições é que José Sócrates deixe de ser primeiro-ministro.

«Eu confesso que o meu grande objectivo, a grande necessidade que eu sinto para o país é que este primeiro-ministro se vá embora», afirmou Ferreira Leite no inicio do seu discurso num jantar comício em Barcelos.

E voltou a repetir a ideia no final: «Pedro Passos Coelho vai desculpar-me, mais uma vez digo, eu não ando à procura de um outro primeiro-ministro, eu ando à procura que o engenheiro Sócrates saia de primeiro-ministro. E ele só sairá de primeiro-ministro no dia em que o PSD tiver mais votos do que o PS, só nesse dia».

Para Ferreira Leite «estas são as eleições mais dramaticamente importantes pelas quais o partido já passou e que o país está a enfrentar». Para a antiga ministra das Finanças, nestas eleições está em causa a «sobrevivência do país», depois de uma governação feita de José Sócrates feita «a pensar na forma como iria manter o poder» e que deixou o país «à beira da bancarrota».

«Eu, pessoalmente, dada a atitude do engenheiro Sócrates, dado aquilo que ele diz, nem tranquila fico se ele ficar na oposição, porque acho que ele na oposição vai ser tão pernicioso para o país quanto na liderança do país, porque vai fazer a maior das afrontas a tudo aquilo que vá ser feito para cumprir o acordo que ele próprio assinou», acrescentou.

Passos Coelho, que surgiu pela primeira vez na campanha acompanhado pela mulher, Laura, começou o discurso com elogios à sua antecessora e afirmou: «O país tem agora razões para se lembrar da razão que tinha» em 2009, quando foi candidata às eleições legislativas. E realçou a forma como Ferreira Leite ajudou a credibiklizar o PSD «como um partido que não diz uma coisa hoje e outra amanhã».

«Ninguém no partido a que já presidiu esqueceu ou desvalorizou aquele que foi o seu contributo para que o país acordasse melhor para perceber o drama que hoje se vive», disse Passos Coelho.

O líder do PSD mostrou-se convicto que «os eleitores não deixarão de manifestar a censura política que este Governo merec».. «Mas nós não queremos que Portugal se desforre apenas, porque não é de desforra que se trata», garantiu.

«O que está em jogo nas eleições é o futuro de Portugal e o país merece melhor», disse, afirmando que, com «um Governo incapaz, não demorará meio ano e a situação será igual à da Grécia».
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