Passos Coelho pediu «maioria ampla e forte» - TVI

Passos Coelho pediu «maioria ampla e forte»

Pedido do líder do PSD aconteceu na última sessão do conselho consultivo de revisão do programa do partido

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Artigo actualizado às 14h59

O líder do PSD defendeu este sábado que nas próximas eleições o partido precisa de ter uma «grande adesão eleitoral», sublinhando a necessidade de existir um Governo com «uma maioria forte e ampla» que conquiste a sociedade para as reformas.

«Precisamos de ganhar umas eleições com uma grande adesão eleitoral, sem isso a mudança será mais difícil e mais demorada», afirmou Pedro Passos Coelho, numa intervenção na última sessão do conselho consultivo de revisão do programa do partido.

Admitindo que o caminho que os sociais-democratas vão traçar é «difícil», mas irá interpretar a vontade de mudança que se sente na sociedade, Passos Coelho sublinhou a necessidade de «potenciar ao máximo» a identificação entre a vontade de mudança das pessoas e as condições que o PSD dispõe para a operar.

Contudo, acrescentou, «não interessa só ganhar as eleições», porque existem muitas vitórias que são apenas «vitórias de Pirro».

«Nós teremos interesse em ganhar umas futuras eleições se elas servirem para que o mandato do Governo que for eleito, um Governo com força, for um Governo que conquiste o país no dia a dia para as reformas que precisamos de fazer», sublinhou.

Por isso, insistiu, o PSD terá de fazer «um equilíbrio entre a necessidade de ter uma maioria forte e ampla, mas em que as pessoas se possam rever no seu programa».

Passos Coelho notou ainda que, apesar de os Governos não mudarem as sociedades, eles têm um papel de «alavanca e de liderança» que é importante.

Porém, reiterou, se a sociedade não aderir a essa mudança todos os dias, o sentido das reformas poderá ser «sabotado diariamente», caindo-se na situação de existir um Governo que tem formalmente o apoio da maioria no Parlamento, mas não tem o apoio da administração, das organizações e da sociedade.

Percebe ida de Sócrates a Berlim

O líder do PSD considerou «natural» que o primeiro-ministro esteja preocupado em garantir no exterior apoio para Portugal, sublinhando que é dessa forma que interpreta o encontro da próxima semana entre José Sócrates e a chanceler alemã, escreve a Lusa.

Questionado sobre o encontro que o primeiro-ministro e a chanceler alemã, Angela Merkel, terão na quarta-feira em Berlim, Passos Coelho disse ter tido conhecimento da reunião pela comunicação social, não podendo por isso «formular um juízo» sobre o seu conteúdo.

Contudo, acrescentou o líder do PSD, é «perfeitamente natural que o primeiro-ministro nesta altura esteja preocupado na frente externa em garantir apoio para Portugal». «É assim que interpreto esta reunião», referiu.

Opinião de embaixador...

Mas o líder social-democrata considerou ainda este sábado que a opinião que um embaixador norte-americano expressou sobre as Forças Armadas ou o Ministério da Defesa é um assunto entre ele e o seu Governo e «tem pouca adesão com a realidade portuguesa».

«A opinião que um embaixador americano possa ter expressado em correspondência para com o seu Governo sobre as Forças Armadas portuguesas ou sobre o Ministério da Defesa não me merecerão mais comentário do que o assunto vale, que é um assunto do próprio Governo americano com o seu próprio Governo, tem pouca adesão com a realidade portuguesa», afirmou o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas à saída da última sessão da revisão do programa do partido e comentando os telegramas revelados pelo semanário «Expresso».

Lamentando os termos que são utilizados na correspondência, Passos Coelho defendeu ainda que as Forças Armadas portuguesas não devem ser retratadas dessa forma.

«As Forças Armadas portuguesas não só são uma instituição prestigiada, como não devem ser retratadas nesses termos ainda que por intermédio do Ministério da Defesa seja por quem for. Lamento que isso tenha sucedido», sublinhou.
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