OPA do BCP sobre BPI «está morta» - TVI

OPA do BCP sobre BPI «está morta»

BPI/BCP

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo Millennium bcp sobre o BPI, nas actuais condições, está morta, disse Fernando Ulrich, o CEO do banco.

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Lembrou que o recente research do Dresdner avaliava o BPI, numa base stand alone, ao preço justo de 6,3 euros, confirmando a posição da Administração de banco que «a Oferta a 5,7 euros por acção subavaliava o BPI e não permitia nenhuma partilha de sinergias com os accionistas do BPI», avança a agência «Reuters».

«Considero que, neste momento, a Oferta, que está em cima da mesa, está morta. (...) A 6,3 euros (de fair value estimado pelo Dresdner) por acção eu não vendo as minhas acções», disse, na apresentação dos resultados trimestrais do BPI.

Referiu que, nestas três últimas semanas, em que o BCP anunciou esta OPA, o BPI «teve uma reacção muitíssimo boa à Oferta», tanto ao nível dos seus colaboradores, como dos seus clientes.

«Se a OPA está a afectar alguém é o BCP e não o BPI. (...) Se (esta OPA) algum efeito teve, foi o de espicaçar os colaboradores do banco a trabalharem melhor», referiu e publica a ag~encia «Reuters».

«Temos muitas indicações deste tipo (favoráveis ao BPI) também por parte dos clientes e os números da actividade do banco (BPI), no primeiro trimestre, são muito bons, em termos de actividade comercial», explicou.

Fernando Ulrich frisou que, «ao longo dos quase 25 anos de história», o BPI «sempre beneficiou do apoio dos seus accionistas» de referência, representados no Conselho de Administração (CA), vincando que este tem sido um apoio «exigente».

Acerca das afirmações do CEO do Millennium bcp, que esperava que o «common sense» e o «business sense» dos accionistas do BPI acabassem por prevalecer, Fernando Ulrich disse: «penso que o dr. Paulo Teixeira Pinto, para quem chegou há cerca de um ano a um lugar executivo na banca, está muito atrevido».

Frisou que os executivos do Itaú, da La Caixa e da Allianz que estão representados no CA do BPI têm um «curriculum» invejável na banca internacional, adiantando: «(Teixeira Pinto) vir dizer que estas pessoas reagiram com emoção (...) é preciso ter muita lata», segundo a «Reuters».

Quanto à comparação das blindagens de Estatutos dos dois bancos, referiu que «qualquer pessoa pode comprar acções do BPI e pode chegar aos 17,5%» dos direitos de voto, independentemente do capital que esteja presente na Assembleia Geral.

«No BCP, os accionistas não sabem com quanto é que votam pois (os direitos de voto) são em função do capital que está presente (na AG)», referiu Fernando Ulrich.

Vincou que, ao contrário do BCP, no BPI «não há regras específicas de incompatibilidades», sendo que estas «regras afastam procura sobre acções do BCP», acrescenta a mesma agência.
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