Sócrates quer impedir aumento de pensões para fins eleitorais - TVI

Sócrates quer impedir aumento de pensões para fins eleitorais

Corrida às reformas antecipadas

O primeiro-ministro não quer que o aumento das pensões seja usado como forma de obter mais votos nas eleições.

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José Sócrates disse esta quarta-feira, à saída do debate mensal no Parlamento, que quer que as pensões fiquem «fora do jogo político e não fique dependente dos critérios eleitorais».

«Sempre se aumentou mais as pensões em ano eleitoral do que nos outros, isso tem sido um prejuízo para o nosso sistema de Segurança Social», disse.

O primeiro-ministro garantiu que as pensões não vão baixar com a reforma da Segurança Social.

«Nós temos de dar sustentabilidade à nossa Segurança Social (SS), isso é importantíssimo para assegurar as pensões àqueles que já são pensionistas, mas também àqueles jovens que entram agora no mercado de trabalho e que querem ter garantido o seu direito à reforma. Acho que devemos manter este modelo, um modelo que herdámos e que temos a obrigação de deixar intacto nas suas ideias inspiradoras a quem vier depois de nós. É um modelo que se baseia na solidariedade entre gerações. Somos nós que pagamos as reformas aos nossos pais e serão os nossos filhos a pagar as nossas», acrescentou.

«Só que é preciso introduzir mudanças e por isso obtivemos um acordo sobre a Segurança Social na Concertação Social, esse acordo é muito importante para depois aplicarmos a reforma», lembrou ainda o líder do Executivo.

Recorde-se que a CGTP é o único que não se mostrou disponível para este acordo, mas José Sócrates considerou que isso é já «um clássico».

O primeiro-ministro defendeu, mais uma vez, que toda a carreira contributiva deve ser considerada para o cálculo da pensão. «Não é justo para muitos outros que aqueles que descontaram muito pouco no início depois façam uma gestão mais inteligente no final para obter uma pensão maior», disse.
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