Turismo português não produz o suficiente

São as conclusões de um estudo hoje apresentado pela Confederação do Turismo Português (CTP).

De acordo com o estudo «a produtividade do turismo», realizado pela Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve, a actividade turística nacional «apresenta uma dinâmica muito lenta», tendo crescido cerca de 0,1% na última década.

Atílio Forte, presidente da CTP, atribuiu esta situação a factores estruturais e conjunturais, entre os quais incluiu a pouca flexibilidade do actual quadro laboral em Portugal, crítico para um sector de forte sazonalidade.

Admitindo o mau resultado revelado pelo estudo, o presidente da CTP realçou o facto de o sector dispor agora de indicadores com base científica que lhe permitem conhecer as causas da situação e fundamentar as propostas para a inverter.

Entre estas referiu o combate à economia paralela, à fraude e à evasão, a qualificação dos recursos humanos, a necessidade de alteração do regime laboral, a utilização das novas tecnologias para acrescentar valor aos produtos oferecidos e melhorar os procedimentos de gestão, bem como a cooperação entre as empresas.

O estudo analisa a década de 1995 a 2004, revelando valores de produtividade negativos entre 2001 e 2004, atribuídos à recessão de 2003.

Face aos dados hoje divulgados, a CTP coloca como objectivo tentar aproximar este resultado, num prazo de cinco anos, da média de produtividade nacional (de cerca de 1,2%).