Homem mata 50 vezes mais do que a natureza - TVI

Homem mata 50 vezes mais do que a natureza

  • Portugal Diário
  • 12 nov 2007, 13:42

Ministro do Ambiente quer que empresas apostem mais na biodiversidade

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O ministro do Ambiente disse esta segunda-feira a centenas de empresários portugueses e europeus que a actividade do homem causou nos últimos 100 anos 50 vezes mais extinções do que as que seriam provocadas apenas por razões naturais.

«O reconhecimento do valor económico da biodiversidade e a introdução de uma lógica económica nas políticas de conservação da natureza são peças chave na luta contra o declínio da biodiversidade, podendo estabelecer-se um paralelismo com o que se verifica nas políticas de combate às alterações climáticas», declarou Nunes Correio na abertura da conferência «Negócios e Biodiversidade», que está em decorrer em Lisboa.

O ministro lembrou que o objectivo desta reunião é convencer as empresas a aderirem a um sistema voluntário em que cumpram determinados critérios que possam contribuir para melhorar a biodiversidade, refere a agência Lusa.

Até agora aderiram à iniciativa «Negócios e Biodiversidade» 30 empresas portuguesas, sendo apenas uma delas pública - a REFER, gestora da rede ferroviária portuguesa.

O Ministério do Ambiente, que pretende ter a adesão de mais 30 entidades nacionais, estima que cada uma das empresas portuguesas envolvidas nestas parcerias invista cerca de 500 mil euros por ano.

Comissão Europeia alerta

Num apelo directo a todos os investidores presentes na conferência que decorre na Gulbenkian, o director-geral do Ambiente da Comissão Europeia, Peter Carl, avisou que a perda de biodiversidade continua a agravar-se no mundo.

«Há uma perda acelerada da biodiversidade. Talvez tenha abrandado na Europa, mas não noutras zonas», afirmou, citado pela Lusa, exemplificando que nos Estados Unidos tem desaparecido uma grande quantidade de abelhas, sem que se conheçam as causas exactas.

Paul Carl lamentou que a biodiversidade continue a ser «bem vista do ponto de vista ético, mas como não tendo qualquer interesse do ponto de vista económico».
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