Greve: sindicatos garantem adesão de 90% no Algarve - TVI

Greve: sindicatos garantem adesão de 90% no Algarve

Escola (arquivo)

Em algumas escolas há mais professores a faltar, em comparação com a última paralisação de Dezembro

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ACTUALIZADA ÀS 13h33

A adesão à greve de professores no Algarve situou-se acima dos 90 por cento ao início da manhã, segundo dados parciais dos sindicatos, informa a Lusa.

Segundo o vice-presidente do Sindicato de Professores da Zona Sul, Rui Sousa, os dados disponíveis, referentes a cerca de um terço das escolas algarvias, apontam para adesões de 100 por cento em algumas escolas.

Rui Sousa calcula acima dos 90 por cento a adesão à greve no Algarve, considerando que os números até poderão ser superiores à greve de Dezembro.

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Com greve a 100 por cento, segundo o sindicato, está o Agrupamento Escolar de Vila do Bispo, Martinho Castelo Branco, em Portimão, de Monchique e da Escola EB 2,3 do Montenegro, em Faro.

Na Escola Secundária de Olhão, a greve ronda os 95 por cento e na de Silves, de um total de 43 professores, apenas dois compareceram.

Mas o cenário não é idêntico em todas as escolas. Na Secundária de Tomás Cabreira, a adesão à greve nacional às primeiras horas da manhã foi de cerca de 45 por cento, um pouco abaixo dos 60 por cento registada na última jornada de luta em Dezembro.

Greve dos professores: esperada adesão superior a 90%

Em declarações à Lusa, Domingos Grilo, presidente do Conselho Executivo daquela secundária da capital algarvia, recordou que a escola tem cerca de 600 alunos diurnos e que esta manhã deveriam estar ao serviço «35 professores, mas estão a dar aulas 16 docentes».

Na Escola Secundária João de Deus o cenário não foi muito diferente à da Tomás Cabreira. Na última greve de professores, em Dezembro, teve que encerrar portas, mas esta segunda-feira só 17 dos 29 professores que deviam estar a dar aulas é que fizeram greve, disse o presidente do Conselho.

Já na Escola Primária de São Luís, das dez turmas que habitualmente têm aulas durante o turno da manhã, apenas duas estavam a ter aulas, já que compareceram apenas dois professores.

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«Os pais vieram e tiveram que voltar para trás com as crianças», afirmou uma auxiliar de acção educativa da escola, que ostentava à porta um cartaz a avisar que devido à greve não se poderiam garantir todas as actividades lectivas.

Também na EB 2/3 D. Afonso III, em Faro, onde estudam cerca de 600 alunos, só houve uma aula à primeira hora. Dezenas de alunos estavam concentrados no exterior da escola, assegurando não ter aulas. Nas grades que cercam o recinto, está colado um cartaz onde se lê: «Professores e educadores todos juntos em luta por um estatuto profissional digno e valorizado».

Ainda em Faro, na escola básica do Carmo também só um dos seis professores que habitualmente dão aulas logo de manhã estava hoje na escola.

Dados da Direcção Regional: 74,7%

A Direcção Regional de Educação do Algarve (DREAlg) disse à Lusa que se registou uma adesão à greve de 74,7 por cento.

O responsável Luís Correia referiu que, «até às 10h30», 74 por cento dos docentes que «deveriam estar em funções nas escolas faltaram».

Num universo de «67 escolas, há sete escolas espalhadas pelos vários concelhos do Algarve que não tiveram qualquer actividade lectiva», ou seja, 100 por cento de adesão à greve.
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