Mais de um em cada três computadores foi afectado em 2010 por ameaças informáticas, sobretudo vírus Cavalos de Tróia em Portugal, que mesmo assim é um dos 57 países analisados que menor número de infecções registou, revela um estudo, escreve a Lusa.
Portugal ficou em 52º lugar entre os 57 países analisados e com maior número de infecções, com 37,5 por cento dos computadores infectados, numa lista encabeçada pela Tailândia, China e Taiwan, com 60 a 70 por cento dos computadores contaminados, avança o estudo da PandaLabs, laboratório anti-malware da Panda Security que analisa as novas ameaças informáticas.
Os "Trojans", também conhecidos por Cavalos de Tróia, são a «ameaça mais presente» no país, representando 63 por cento das ameaças, seguido pelos "Adware" (software com publicidade) e os "Worms" (vermes) se situaram em segundo (16 por cento) e terceiro lugar (10 por cento), respectivamente.
Só em 2010, os ciber-criminosos «criaram e distribuíram um terço de todas as ameaças até hoje existentes», ou seja, «em apenas 12 meses foi criado 34 por cento de todo o "malware" que alguma vez existiu identificado pela Panda».
Contudo, o ritmo com que as novas ameaças surgem abrandou face a 2009, pois desde 2003 acima dos 100 por cento em cada ano e em 2010 diminuiu cerca de 50 por cento.
A nível global, os "Trojans" continuam a dominar o ranking do "malware" que surgiu no ano passado, representando 56 por cento das ameaças, seguidos pelos vírus e worms. O estudo destaca ainda que 11,6 por cento do "malware" é "rogueware", vulgarmente conhecido como falsos antivírus.
Além disso, 2010 foi «palco da exploração das redes sociais e de vulnerabilidades por parte dos "hackers"», e o posicionamento de falsos "websites", com o "spam" a manter a sua posição como uma das principais ameaças. Enquanto em 2009, cerca de 95 por do tráfego de e-mail foi "spam", no ano passado situou-se nos 85 por cento.
O Pandalabs carateriza 2010 como um ano marcado pelo ciber-crime, ao serviço de esquemas de negócio com motivações financeiras, e ciber-guerra, tendo o "Stuxnet", sido o "worm" mais notório, afectando centrais de energia nuclear.
Sublinha ainda o aparecimento de um novo worm, o «Here you have», criado por uma organização terrorista conhecida por «Brigadas de Tariq ibn Ziyad» com o objectivo de lembrar aos EUA os ataques de 11 de Setembro e apelar ao respeito pela religião Islâmica.
O ano de 2010 foi também o ano do ciber-activismo, também conhecido por ciber-protestos ou "hacktivismo", que se tornou famoso pelo auto-denominado grupo "Anonymous" e os ataques de negação de serviços coordenados contra entidades ligadas à defesa dos direitos de autor e apoio a Julian Assange, fundador do Wikileaks.
As Redes Sociais estiveram também «na ribalta», sobretudo o Facebook e o Twitter, seguidos pelo LinkedIn ou o Fotolog. Entre as diversas técnicas para enganar os utilizadores, estiveram o sequestrar o botão «Gosto» do Facebook e o roubo das identidades dos utilizadores para enviar mensagens aparentemente legítimas.
Um em cada três computadores «atacados»
- tvi24
- PP
- 6 jan 2011, 13:02
Relatório revela que Portugal é dos países menos afectados por ameaças informáticas
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